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Curso de Comandos retomado depois dos exames a militares

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Resultados dos exames médicos aos instruendos do curso de Comandos não revelaram contra indicações clínicas que impeçam a sua continuidade.

O ministro da Defesa informou esta quarta-feira que o Exército vai reiniciar amanhã o curso de Comandos, avança o Diário de Notícias.

A decisão, que teve o conhecimento do Presidente da República, foi tomada hoje com o Chefe do Estado-Maior do Exército e “significa o regresso gradual à normalidade”, afirmou Azeredo Lopes.

O curso foi suspenso há uma semana, depois da morte do militar Hugo Abreu e, posteriormente, do internamento de outros dois militares.

Recorde-se que, no sábado passado, um desses soldados, Dylan Araújo da Silva, que esperava um transplante hepático acabou também por falecer.

Segundo o DN, os 65 instruendos têm estado em casa nestes últimos dias para lhes serem realizados exames médicos adicionais no Centro de Saúde Militar de Coimbra.

Em comunicado, o Exército anunciou que o curso pode retomar as atividades previstas no plano uma vez que “a avaliação não revelou contra indicações clínicas que impeçam a continuidade”.

De acordo com o diário, os exames incidiram sobre o estado geral de saúde, uma avaliação da degradação de funções específicas e incluíram ainda uma entrevista individual.

Os resultados foram depois avaliados por médicos das especialidades de medicina desportiva, interna, cardiologia e ortopedia.

No fim-de-semana, o Bloco de Esquerda considerou que, para reconhecer as recentes tragédias, era preciso extinguir o batalhão dos Comandos.

“Em 1993 acabou-se com o regimento de Comandos. E bem”, defendeu a coordenadora do BE Catarina Martins, que acrescentou que esta força “não responde a uma necessidade específica hoje” na democracia portuguesa e tem sido permanentemente marcada “pela tragédia”.

“É necessário que, reconhecendo a tragédia, se acabe com o batalhão de Comandos, que não devia ter sido reativado em 2002”, insistiu, referindo-se à decisão de Paulo Portas enquanto ministro da Defesa.

Antes, o Presidente da República já tinha assegurado que essa opção não estava sequer em cima da mesa.

“Não está em causa a extinção dos Comandos, mas uma coisa são as instituições outra coisas são as práticas e comportamentos. Há que apurar quais as práticas e comportamentos de tudo o que aconteceu”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

ZAP

2 Comments

  1. Só por muito grave e inesperado acidente se pode morrer na Instrução Militar, como na vida. Os instruendos estariam,estão com as condições normais para sobreviverem num campo de Batalha exigente se o comandante da força tomasse bom registo do grau de exaustão dos militares e fizesse os respectivos altos, como fazíamos na guerra de Africa, ou , se, se limitasse bem a abrangência psicológica intrapsíquica da ideia força -” NÂO È COMANDO QUEM QUER,É COMANDO QUEM PODE”. E, obviamente, que nestas provas, como no desporto de alta competição, TEM DE HAVER CONTROLO ANTI-DOPING, ponto. Aos meus camaradas tombados e ás suas famílias aquele abraço de dor solidário, aos camaradas em curso prá frente aprendendo e aquele abraço.

    • E, necessariamente, depois da ocorrência, os serviços médicos de emergência e hospitalar têm /tinham de apresentar um grau de prontidão e resposta adequado à situação, facto que parece não ter acontecido. logo. .pode haver a este nível uma muito grave responsabilidade, quanto á reestruturação dos hospitais militares feita pelo governo anterior.

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