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Com crise na Saúde, Costa num “pezinho” de dança surpreendente em Moçambique

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Luísa Nhantumbo / Lusa

António Costa, dança, Moçambique

António Costa num “pezinho” de dança com a artista Janeth Mulapha em Moçambique.

O primeiro-ministro, António Costa, foi surpreendido em Moçambique e não conseguiu fugir a um “pezinho” de dança com a artista Janeth Mulapha. Um momento que está a dar que falar depois de já ter sido criticado por viajar para Moçambique em plena crise política.

Foi depois de uma cerimónia no Centro Cultural Português em Maputo, Moçambique, que a artista Janeth Mulapha puxou Costa para um “pezinho” de dança. O primeiro-ministro português não conseguiu fugir ao momento, protagonizando imagens surpreendentes que estão a ser um sucesso nas redes sociais.

“Costa dança como governa”, escreve mesmo o deputado Rui Rocha do Iniciativa Liberal no seu perfil do Twitter.

E há quem não hesite em fazer comparações entre o caso de Costa e o da primeira-ministra da Suécia, Sanna Marin, que esteve envolvida numa polémica por ter sido filmada a dançar numa “festa louca”, como a própria disse.

Antes da viagem para Moçambique, a ex-eurodeputada socialista Ana Gomes já tinha criticado o primeiro-ministro por sair do país em plena crise política, depois da demissão da ministra da Saúde. Já se fala numa eventual remodelação de um Governo já muito desgastado, apesar de maioritário e de só ter tomado posse há cinco meses.

Aumento dos apoios a Moçambique

Costa está em Maputo para participar na V Cimeira Luso-moçambicana e para aprofundar as relações com Moçambique, assinando diversos acordos de cooperação.

No âmbito desta visita, o primeiro-ministro já anunciou um aumento de 40% das verbas destinadas a projectos no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação (PCE) com Moçambique, para o período de 2022 a 2026, que representam mais de 90 milhões de euros.

Costa sublinhou a “parceria estratégica entre Moçambique e Portugal”, salientando que o PEC “incidirá nas áreas tradicionais de soberania, como a defesa, justiça, administração interna”, mas também nas áreas “da educação e da saúde”.

Indicando que até 2021 o PEC “executou 135 milhões de euros”, Costa frisou ainda que o novo quadro prevê “185 milhões de euros”.

A V Cimeira Luso-Moçambicana vai também servir para rever e modernizar “dois instrumentos de apoio ao investimento empresarial em Moçambique, o fundo empresarial para a cooperação e o programa específico de investimento empresarial”, revelou ainda o governante português.

À margem da cimeira, será assinado o “Compacto Lusófono”, programa através do qual Portugal dá garantias de 400 milhões de euros para financiamentos pelo Banco Africano para o Desenvolvimento destinados a investimentos empresariais na comunidade de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

O primeiro-ministro destacou ainda outros dois protocolos que vão ser assinados nesta sexta-feira e que “visam reforçar o potencial de desenvolvimento da região de Cabo Delgado”, com a instalação de “um centro de pesquisa dedicado ao gás e ao petróleo e um programa de formação profissional na área do gás, que se destinará a cerca de 1.200 jovens moçambicanos”.

“Estamos a combater terrorismo não só do ponto de vista militar e humanitário, mas também do ponto de vista do desenvolvimento da região”, assinalou.

No que toca à agricultura, Costa considerou que Moçambique “tem enorme potencial do ponto de vista agrícola”.

“E se a humanidade enfrenta um enorme desafio na sua transição energética, não enfrenta um menor desafio do ponto de vista da segurança alimentar, e por isso a diversificação, o aumento e a qualidade da alimentação é um desafio cada vez maior e onde Moçambique tem um papel absolutamente decisivo”, defendeu.

ZAP // Lusa

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