Crise energética na Europa. Há quem ganhe com esta nova realidade

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As empresas de energia viram agravar os seus custos devido à guerra na Ucrânia e aos cortes nas exportações de gás russo, originados pelas sanções da União Europeia (UE) aplicadas ao regime de Vladimir Putin.

Embora a UE esteja desde o início da invasão a procurar alternativas às exportações de gás, a situação se agravou em julho com a paragem parcial para manutenção do gasoduto Nord Stream 1.

Mas, como avançou o Jornal de Negócios, as energéticas especializadas em fontes renováveis e as mineiras podem beneficiar desta nova realidade.

“No médio a longo prazo, o claro vencedor da crise do gás é provável que seja o setor das energias renováveis”, indicou a gestora de ativos Schroders, referindo a necessidade de reduzir a dependência das importações da Rússia e de refrear emissões poluentes.

Assim, os projetos de energias renováveis, nomeadamente solar e eólica, apesar de não serem soluções instantâneas, são mais rápidos do que instalar e pôr em operação uma central nuclear. Os preços mais elevados também estimulam os contratos de longo prazo, tornando os projetos mais atrativos.

Os contratos de aquisição de energia (CAE) têm reagido em consonância, com um crescimento estável de 40 euros por MWh em março de 2021 para 100 euros por MWh em junho de 2022. Em bolsa, o setor tem sido alvo de interesse acrescido dos investidores, ultrapassando o desempenho do mercado, apontou o jornal.

A Schroders espera que os esforços da UE tornem a região mais autossuficiente e alivie os preços da energia. Mas o caminho não será linear. “As medidas para amortecer o impacto dos preços do gás nos consumidores pode ter consequências não intencionais”, disse, explicando que os apoios energéticos poderão indiretamente incentivar o uso de energias fósseis tornando a transição ainda mais cara, a prazo.

Carl Kawaja, gestor do Capital Group, indicou que não é possível construir uma nova economia sem empresas da antiga economia, defendendo as mineiras, sendo as empresas produtoras de materiais como minério de ferro, cobre e níquel vistas pela gestora de ativos como alvo de renovada atenção.

“Os investidores estão a começar a incorporar empresas que produzem bens tangíveis”, notou Carl Kawaja, sublinhando que os preços de algumas matérias-primas se mantêm elevados há anos devido a um “crónico” subinvestimento em novos projetos mineiros e o tempo que demora a que estes sejam desenvolvidos.

“O níquel e o cobre são componentes-chave na produção de veículos elétricos. Todos sabemos quão rapidamente estão a crescer os veículos elétricos, mas penso que as pessoas subvalorizam a extensão da quantidade de níquel e cobre necessários para os construir”, completou.

ZAP //

2 Comments

  1. Crise energética e Covid fazem parte da mesma agenda e são aliás explorados pelos mesmos senhores.
    Não passam de duas grandes fraudes que mais não servem do que para fazerem cumprir uma agenda international há muito delineada.

  2. na na na…. isso não passa de teorias de conspiração…. em vez de perder tempo aqui, vou é apanhar mais lenha, que não há massa para a bilha de gás no inverno, e como desde que levei as picas a bomba não tá lá muito ok, e a passar frio e comer bichos náo sei se me aguento até ao próximo veráo…..

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