Caos, 1 milhão de mortos e economia parada: efeitos covid na China (que vão durar)

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A pandemia voltou em força ao país de origem. Há – outra vez – ruas vazias e empresas fechadas. Os próximos meses devem ser problemáticos.

A COVID-19, para nós portugueses (e europeus, no geral), deixou de ser assunto frequente há alguns meses.

Mas, na China, país onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez, a pandemia não desapareceu – e agora voltou em força, a “paralisar” partes do país.

O jornal Financial Times não hesita e coloca a palavra “caos” logo no título da sua descrição da situação no país asiático.

O cenário de ruas vazias voltou à China. E, com mais impacto do que isso, há novamente empresas a fechar.

A economia está a paralisar novamente, pelo menos parcialmente: menos trabalhadores, menor produção, quebras nas cadeias de transmissão – o que deve afectar muitos outros países.

Num exemplo, dado por uma fábrica de circuitos integrados em Shandong, 80% dos funcionários não foram trabalhar na sexta-feira passada. Todos estão doentes.

Podem voltar em breve também as cenas de vermos trabalhadores a dormir nas instalações de fábricas.

A nível social, os chineses voltam a ter medo do coronavírus. Nunca deixaram a máscara (a maioria) e, agora, recusam sair para a rua. Há estações de metro vazias e aulas online.

“Fiquem em casa” passou a ser uma auto-instrução.

A agência Reuters citou uma projecção do Instituto de Avaliação de Métricas de Saúde, dos EUA, que aponta para 1 milhão de mortos na China devido à pandemia, só em 2023.

E a situação deve mesmo prolongar-se. Os especialistas locais avisam que esta é apenas a primeira de três vagas de COVID-19 que se avizinham. O cenário deve continuar problemático até Março.

Para acentuar esta previsão, há o feriado do Ano Novo Chinês, no dia 21 de Janeiro: quase 300 milhões de pessoas vão ao local de nascimento e depois voltam à cidade onde vivem.

Os problemas nas empresas, nas fábricas, devem prolongar-se até Fevereiro.

E faltam medicamentos para a febre, havendo também escassez de testes ao coronavírus.

ZAP //

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