Pouco depois de o coronavírus dar os primeiros passos no território italiano, o deputado Massimiliano Capitanio recebeu um telefonema inusitado no seu gabinete em Roma: um pedido de ajuda de um hospital, no norte de Itália.
Segundo o Jornal de Negócios, os administradores do hospital precisavam de conexões à Internet e computadores mais rápidos para lidar com o fluxo de pacientes que iam chegando à unidade de saúde. O deputado, que integra o comité parlamentar de telecomunicações, convocou as companhias telefónicas para uma reunião.
Esta foi uma oportunidade para “consertar” a Internet no país. Agora, o primeiro-ministro Giuseppe Conte tem um plano para impulsionar o investimento através da fusão das duas maiores redes de telefonia fixa do país.
A infraestrutura de Internet é cheia de constragimentos, não só na Itália, como um pouco por toda a Europa. Estas dificuldades no acesso foram expostas nos últimos sete metes com o aumento das internações hospitalares, das atividades de teletrabalho e do comércio eletrónico.
De acordo com o matutino, os governantes tentam agora decidir como intervir, depois de prever que a introdução de redes mais rápidas poderia produzir um benefício anual equivalente a 113 mil milhões de euros.
Na Itália, o veículo de investimento estatal Cassa Depositi e Prestiti pode vir a obter uma fatia significativa da rede nacional unificada e dê à Telecom Italia confiança para acelerar a implementação de conexões de fibra ótica mais rápidas, ao remover a rival Open Fiber.
Este plano põe fim a um princípio do projeto europeu, que defende que mais concorrência leva a melhores serviços. No entanto, esta intenção faz parte de um novo padrão que sugere que a Europa está a diluir os princípios antimonopólio em resposta à expansão liderada pelo governo da China e à agenda America First do presidente Donald Trump.
Coronavírus / Covid-19
-
20 Outubro, 2024 Descobertas mais provas de que a COVID longa é uma lesão cerebral
-
6 Outubro, 2024 A COVID-19 pode proteger-nos… da gripe