Paulo Novais/LUSA
João Cotrim de Figueiredo
Se a Iniciativa Liberal organizasse a questão do novo aeroporto, o assunto já estaria resolvido “há muitos, muitos meses”.
Fernando Araújo foi confirmado como o primeiro director-executivo no remodelado Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, de acordo com João Cotrim de Figueiredo, vai “esvaziar as funções” de Manuel Pizarro, novo ministro da Saúde.
“Desejamos sorte ao doutor Fernando Araújo. Agora, se ele desempenhar as suas competências tal como ele está a pensar desempenhá-las, vai esvaziar o Ministério da Saúde de funções. Ou temos um director-executivo do SNS ou temos um ministro da Saúde”, disse o líder da Iniciativa Liberal, em Viseu.
O deputado considera que o director-executivo foi uma “boa escolha” mas “agora falta o resto. Não há homens providenciais que, num contexto de uma organização de um sistema nacional de saúde que não seja boa, consigam fazer milagres“.
E considera que, ou Araújo, ou Pizarro, vão estar “a mais no fim deste processo”, numa nova estrutura do SNS “confusa” e que poderá originar “choque de competências” com Administração Central do Sistema de Saúde, Administração Regional de Saúde e Direcção Geral da Saúde.
Aeroporto: “Se fôssemos nós”…
João Cotrim de Figueiredo também abordou a questão do novo aeroporto, que teve desenvolvimentos igualmente nesta sexta-feira: o primeiro-ministro António Costa chegou a acordo com Luís Montenegro, presidente do PSD.
“Se a IL estivesse a tomar conta deste dossiê já estaria resolvido há muitos, muitos meses“, atirou Cotrim.
Em relação ao acordo “atrasado”, o líder da IL disse que “os dois partidos do costume decidem os destinos do país entre quatro anos, entre quatro paredes, como se fossem donos do país. Não são”.
“São dois partidos que se acham donos do sistema, que tomaram conta do aparelho do Estado e que acham que podem tomar estas decisões sozinhos”, criticou.
Cotrim não ficou esclarecido sobre as opções de localização do novo aeroporto.
Santarém foi o único local citado. Por um de dois motivos, de acordo com o deputado: ou porque fica fora do exclusivo aeroportuário atribuído à ANA, ou “é uma forma de retribuir o apoio generoso dos accionistas do grupo Barraqueiro ao PS”.
