O primeiro-ministro manifestou-se esta quinta-feira ” muito surpreendido” com a proposta do PS de alteração ao Orçamento do Estado para 2019 para reduzir o IVA da tauromaquia de 13 para 6%. António Costa deixou ainda claro que, caso fosse deputado, votaria contra.
António Costa falava aos jornalistas, em Lisboa, depois de confrontado com a proposta apresentada pela bancada do PS sobre o IVA da tauromaquia, questão que também o levou a colocar em dúvida a possibilidade de os deputados socialistas terem liberdade de voto em matérias orçamentais.
“Estou muito surpreendido com esta iniciativa do Grupo Parlamentar do PS. Obviamente que se fosse deputado do PS votaria contra e tenho a esperança que a proposta apresentada pelo Governo na Assembleia da República de manutenção do IVA da tauromaquia nos 13% seja aprovada, aplicando-se a redução do IVA para 6% aos espetáculos de teatro, dança e música”, reagiu o primeiro-ministro.
António Costa fez também questão de frisar que não está em causa qualquer proibição das touradas e que, enquanto primeiro-ministro, não se sente desautorizado pelo próprio PS.
“Se o Grupo Parlamentar do PS apresentasse uma moção de censura ao Governo, então sentir-me-ia necessariamente desautorizado. Mas, tenho a certeza de que mesmo os deputados [socialistas] que subscrevem essa proposta são apoiantes incondicionais do Governo, a começar pelo líder parlamentar [Carlos César]”, declarou o primeiro-ministro.
Perante os jornalistas, António Costa considerou que não deve haver uma redução do IVA para as atividades tauromáquicas no próximo Orçamento e disse esperar que a proposta do Governo de manutenção na taxa de 13% seja aprovada.
No entanto, o primeiro-ministro rejeitou que se esteja perante uma proposta irresponsável proveniente da bancada socialista.
“É o exercício da sua liberdade. O Grupo Parlamentar do PS é naturalmente autónomo, tem a sua liberdade e autodeterminação, mas é manifesto que há uma divergência com o Governo. Espero que a posição política do Governo seja vencedora e maioritária na Assembleia da República. O Governo não dá ordens à Assembleia da República e, naturalmente, estaremos sujeitos ao que o parlamento decidir”, frisou.
Interrogado sobre o facto de o PS ter disciplina de voto em matérias orçamentais e se a bancada socialista vai ter de sujeitar-se à disciplina, António Costa recusou-se a entrar “em especulações e em debates sobre o que irá acontecer”.
“Respeito naturalmente opiniões individuais dos membros do Grupo Parlamentar do PS e de qualquer militante do meu partido, mas, efetivamente, matéria de Orçamento do Estado, designadamente política fiscal, não é matéria de consciência. Efetivamente, estamos perante uma matéria onde o partido deve ter uma posição fixada – e veremos o que irá acontecer”, respondeu.
A seguir, António Costa foi confrontado com o facto de ter estado no passado, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, numa tourada no Campo Pequeno, durante uma homenagem prestada ao cabo dos forcados amadores de Lisboa.
“A Câmara de Lisboa aprovou por unanimidade a entrega de uma medalha ao cabo dos forcados e, naturalmente, como presidente da Câmara, cabia-me fazer o que fiz, que é representar todos os cidadãos da cidade, independentemente das posições de cada um sobre esta ou aquela matéria”, alegou.
Ministra da Cultura reafirma posição
Também nesta quintas-feira, a ministra da Cultura disse que o Governo mantém a sua posição de recusa em relação à descida da taxa do imposto, de 13% para 6%.
Em declarações aos jornalistas, na Fundação Calouste Gulbenkian, Graça Fonseca declarou: “O primeiro-ministro já falou. Já disse o que tinha a dizer. A única coisa que digo é o que já disse: a posição do Governo é clara. Foi assumida desde o início, quer por mim, quer pelo senhor primeiro-ministro, posteriormente”.
“A proposta do Governo está em discussão na Assembleia da República. Não mudou. Mantemos a nossa proposta, que é boa e equilibrada”. acrescentou ainda.
ZAP // Lusa
O país foi surpreendido por esta posição do grupo parlamentar do PS. Mas a liberdade tem destas coisas. Não havendo disciplina de voto, as pessoas guiam-se pela sua cabeça e às vezes dá nisto. É a democracia.
Agora, a sério. Ficou por saber se a maioria dos deputados do PS defendeu as touradas ou se se apenas defendeu a descida do IVA na tauromaquia. Inclino-me para a segunda hipótese e não vem grande mal ao mundo nem ao OE se o Estado passar a sacar menos uns parcos impostos aos toureiros e aficionados.
Eu não gosto nem vou à tourada. Embora reconheça que é uma arte. Bárbara, mas arte. Cada um pense o que quiser.
Cala-te, pá.
Tourada é arte?!
Então o que o Estado Islâmico faz (decapitações, desmembramentos, etc) também é arte!!
És do IRA ?
Não. É apenas o minhoto do Eu!
Lá em cima não gostam de touradas. É mais posta barrosã…
Não!!
O IRA é para “meninos” com muito tempo livre!…
Mas, tendo em conta a “profundidade” da tua pergunta: és um ser racional?!
Mais uma das estratégias do PS para a caça ao voto.
O Costa agrada aos anti-touradas, o PS agrada aos defensores das touradas.
O Povo anti-touradas vota no Costa, os defensores das touradas, (uma minoria), vota no PS.
E assim o povo continua sobre o efeito desta Hipnose, que é uma arte que não está ao alcance de todos.
Costa e a ministra da cultura estiveram bem. Os membros do PS a favor da descida do IVA estiveram e estão mal. A Tourada ainda que não seja erradicada do dia para a noite (há muitos interesses poderosos envolvidos), tem de se ir transformando num espectáculo que massacre cada vez menos o Touro. Se a tradição não evoluisse e fosse uma coisa estática, ainda andávamos a mandar Cristãos ao Leões ou a queimar mulheres no Terreiro do Paço por serem Bruxas.
Há países onde em vez de “picar” o touro, se usa bandarilhas com velcro. É triste ouvir alguns badamecos dizerem que isto desvirtua a tourada, levando a crer que a grande virtude da tourada para eles, é a carnificina e o sofrimento… Como se sem isto nem valesse a pena. Não, a tourada tem de evoluir para que não deixe de existir. Não faz sentido por um lado querer-se erradicar os animais do circo e por outro manter os ferros a entrar pelo cachaço do touro a dentro para gáudio dos alarves.
Curioso? quem nada faz ou pouco faz, vive de subsídios pagos por todos aqueles que fazem descontos, agora até tem direito a redução de impostos? mais um aumento para os pagantes! será que todos esses artistas famosos que conseguem em alguns casos mais de 6 pessoas na assistência, outros dias vêm para a rua angariar espectadores? será isto o espetáculo que os pagantes têm que sustentar, as touradas ou aquelas cenas famosas onde o cavalo leva marradas atrás de marradas e depois a besta que anda em cima destes levam montes de aplausos de seguida vem a caixa das notas, pois é esta gente não chega o envelope? claro que todos tem direito a ver o que mais gostam? mas porque motivo os pagantes tem de sustentar esta gentinha? agora até nos impostos? ninguém pensa que os pagantes andam a pagar mais um quarto do valor ou muito mais daquilo que compram? porque motivo a população dá tanta importância a quem vive à sua conta, mas estes cordeirinhos são bem levados pelos pastores?
não há duvida o que o povo quer é tourada e teatro, hora bem com a tourada o governo arrecada umas massas, com o teatro o governo vem-nos buscar ao bolso para dar subsídios aos teatreiros, mas não à problemas estes ainda tem a atenção de meia dúzia de espectadores e alguns milhões a pagar para estes grandes artistas, se alguém perguntar quanto devem? a resposta é certinha, nós só estamos em divida porque os otários ainda não nos deram o dinheiro dos pagantes de impostos? e assim, este povo segue contente e feliz pagando mais de um quarto do valor daquilo que compra, para sustentar estas polémicas?
“hora bem…”
Presumo que esse “povo” que referes sejam “iluminados” como tu que escrevem “hora” ao invés de “ora”!…