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“Momento crítico.” António Costa diz que “não podemos voltar a paralisar o país todo”

António Pedro Santos / Lusa

À entrada para a reunião do Infarmed, António Costa referiu que esta é uma reunião “muito importante porque estamos a entrar numa altura crucial” de retoma da atividade coletiva.

Ao jornalistas, o primeiro-ministro adiantou que serão ouvidos especialistas sobre o motivo pelo qual a Europa verifica, “mais cedo do que esperávamos, um aumento dos casos e o que podemos fazer” para evitar que o mesmo aconteça em Portugal.

À entrada da reunião, António Costa repetiu que é necessário manter os cuidados de higiene e afastamento social porque vão continuar a ser medidas essenciais até que haja uma vacina. “O que aprendemos todos desde março é que se todos cumprirmos as regras podemos controlar o aumento exponencial da pandemia e isso é fundamental para que não haja uma carga excessiva sobre os serviços de saúde”, disse, citado pelo Observador.

Ao contrário do que aconteceu noutros países, “nunca estivemos em situação crítica no SNS”, sublinhou, destacando que nunca houve uma ocupação superior a 63% nas camas de cuidados continuados, uma capacidade que entretanto foi reforçada.

“Nós temos de evitar a todo o custo que tivemos as soluções que tomámos em março e abril porque do ponto de vista social e económico não são, obviamente, sustentáveis. Não podemos voltar a uma paralisação global da economia“, acrescentou ainda.

Apesar de admitir que Portugal se encontra num momento crítico, Costa afastou que o estado de contingência que passará a vigorar em todo o território a partir de 15 de setembro traga medidas “excessivas”.

Depois de as primeiras dez reuniões terem decorrido no auditório do Infarmed, em Lisboa, o encontro desta segunda-feira realiza-se na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

O governante justificou o retomar da “audição dos especialistas”, interrompida durante o verão, não só para fazer um ponto de situação, mas para “perceber bem o que é que se está a passar no conjunto da Europa e porque razão é que há um aumento significativo de casos”.

ZAP //

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