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Coronavírus. Madeira está a preparar-se para eventual surto

Região da Madeira “já está a delinear” quartos com pressão negativa e áreas isoladas, além de “fármacos, oxigénio, fatos protetores, máscaras e capacidade laboratorial”.

O presidente do Instituto de Saúde (Iasaúde) da Madeira anunciou esta segunda-feira que a região se está a preparar para um eventual surto de coronavírus, embora considere que a probabilidade de isso acontecer “é muito reduzida”.

“Está tudo bem orientado e vamos criar condições nos diferentes setores, mas continuo a achar que, neste momento, a probabilidade é muito reduzida” de ter um surto na região, disse Herberto Jesus.

O responsável do Iasaúde falava após uma “reunião preparatória no sentido de delinear percursos internos e externos dentro do sistema de saúde de forma a otimizar a resposta perante a eventualidade de um surto” no arquipélago, que manteve com responsáveis da Proteção Civil Regional e Serviço Regional de Saúde.

Herberto Jesus mencionou que o vírus “continua centralizado na China”, existindo no espaço europeu “no máximo quatro casos”, um cenário que, admitiu, se pode alterar a qualquer momento.

O presidente do conselho diretivo do Iasaúde destacou que a região está “articulada ao minuto com a Direção-Geral de Saúde (DGS), de forma a perceber qual a capacidade instalada, quais os recursos necessários e como atuar”, visando tornar uma eventual situação “o menos grave possível”.

“Estamos a tentar preparar um percurso que seja mais fácil e mais eficaz”, realçou, enunciando que a região precisa ter quartos com pressão negativa e áreas isoladas, o que “já está a delinear”, além de “fármacos, oxigénio, fatos protetores, máscaras e capacidade laboratorial”, algo que dispõe “em articulação com o Instituto Ricardo Jorge”.

Disse ainda que vai ser criada uma linha telefónica — 800 24 24 20 — que “é porta de entrada para a suspeita de um caso” e vão ser colocados cartazes nos aeroportos e portos “como forma preventiva”.

Herberto Jesus realçou que, “neste momento, não há nenhum caso confirmado em Portugal” e que, na região, “está tudo alinhado”, caso tal aconteça.

O responsável também considerou “não existir evidência que o rastreio à chegada seja efetivo”, nem que existam “contágios nos aviões”.

Ainda apontou ser “tranquilizante” o facto de o período de contágio ser de 14 dias e de “o aeroporto de Wuhan estar fechado desde 23 de janeiro”, o que torna “o grande fluxo limitado”.

O responsável do Iasaúde também sublinhou que “este vírus é de transmissão baixa” e defendeu que “medidas de proteção individual básicas, como as de higiene, são suficientes”.

Em Portugal, não se confirmou a infeção de um homem que apresentava suspeitas e que foi hospitalizado no sábado, em Lisboa, depois de ter regressado de Wuhan. A Direção-Geral da Saúde pediu a quem regresse de Wuhan ou de outras regiões afetadas na China e que apresente febre, tosse ou dificuldades respiratórias que contacte o SNS24 – 808 24 24 24.

// Lusa

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