Mario Cruz / Lusa

Presidente do Sporting condenado por difamar o histórico presidente do FC Porto, em 2020. Em 2022, “repetiu” as declarações com as quais “enxovalhou” o falecido dirigente portista.
O presidente do Sporting CP, Frederico Varandas, foi condenado esta quarta-feira por difamação pelas declarações feitas em 2020 sobre o falecido e ex-presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa.
A sentença determina o pagamento de uma multa no valor de 7.200 euros, além de uma indemnização de 5.000 euros por danos morais, a ser entregue à viúva de Pinto da Costa, avança a CNN Portugal.
O tribunal considerou que Varandas ultrapassou os limites da liberdade de expressão ao “enxovalhar” reiteradamente o histórico dirigente portista, que faleceu no ano passado, aos 87 anos.
“Está engasgado, está encravado nas gargantas de todos os sportinguistas, e eles merecem ouvir isto de viva voz. Mas não só os sportinguistas, também todos os portugueses que se levantam bem cedo para ir trabalhar e que tentam triunfar na sua vida, não à custa da corrupção, do compadrio, dos esquemas. Para todos eles: pode ter um grande sentido de humor, pode ser uma pessoa culturalmente acima da média, pode ter um currículo cheio de vitórias, mas um bandido será sempre um bandido”, disse então Frederico Varandas sobre Pinto da Costa.
Em 2022, Varandas reafirmou publicamente as suas posições, recorda o tribunal, afirmando se arrepender do que disse. Numa tentativa de reformulação, substituiu o termo “bandido” por “corruptor ativo”.
“Jamais alguém pretende ofender alguém quando se diz a verdade. Apenas disse a verdade, a verdade não ofende. Mas, se quiserem trocar a palavra, posso trocar bandido por corruptor ativo, é mais elegante”, disse Varandas.
A decisão judicial dá assim razão à queixa apresentada por Pinto da Costa, que alegava que as afirmações proferidas por Varandas, divulgadas nos meios de comunicação social, eram “ofensivas à sua honra e reputação”.
12 mil, bem gastos.