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Depois de coroar amante como “concubina real”, rei da Tailândia difunde as suas fotografias e biografia no site do Palácio

O palácio decidiu difundir as primeiras imagens oficiais de Sineenat Wongvajirapakdi enquanto chao khun phra (ou consorte real), depois de ter recebido o estatuto oficial numa cerimónia no início do mês de agosto.

A concubina do rei surge em várias fotografias com o uniforme militar, de arma em punho ou preparada para saltar de paraquedas. Sineenat é também general e piloto e, como seria de esperar, no lote de imagens divulgadas pelo palácio tailandês há também registo dessa faceta da agora, ChaoKhunPhraSineenatBilaskalayani — o título completo da concubina.

A publicação do palácio real tem mais de 60 fotografias, uma biografia de 46 páginas, datada da última semana, mas que só foi colocada online esta segunda-feira e deitou abaixo o site, devido ao número elevado de acessos.

“O rei ordenou a criação de uma biografia real para Chao Khun Phra Sineenat Bilaskalayani”, podia ler-se num comunicado dos escritórios reais, que usou o título completo que Sineenat Wongvajirapakdi passou a ter desde a cerimónia oficial.

Numa das fotografias é possível ver a mulher de mãos dadas com o rei da Tailândia, vestida com os trajes tradicionais tailandeses.

A atual esposa do monarca é a quarta, que tem uma filha adolescente do terceiro casamento e outras seis crianças dos casamentos anteriores.

Em maio deste ano, a dias da cerimónia da sua coroação, o rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, casou com a sua guarda-costas Suthida Vajiralongkorn Na Ayudhya. Há muitos anos que Suthiida e Vajiralongkorn eram vistos juntos em público, mas nunca antes tinha sido confirmado oficialmente o relacionamento entre os dois.

Antes de ser vice-chefe de segurança do Rei, Suthida era comissária de bordo na Thai Airways. Posteriormente, em dezembro de 2016, foi nomeada general do seu exército.

Vajiralongkorn, décimo monarca da dinastia Chakri, foi proclamado rei em dezembro de 2016, três meses após a morte de seu pai, o rei Bhumibol Adulyadej, que reinou por sete décadas. O rei, de 66 anos, deverá enfrentar comparações em relação ao seu pai, que foi muito trabalhador e profundamente respeitado pelos tailandeses.

Muitos questionam ainda o porquê de ter demorado quase três anos até fazer a cerimónia de coroação. Tardou, mas a 4 de maio começaram as cerimónias budistas e brâmanes, que culminaram com uma procissão por Bangkok, tendo o rei sido coroado numa sumptuosa cerimónia no Grande Palácio Real.

Em agosto, o rei da Tailândia coroou a amante de “concubina real” à frente da sua esposa. Desta forma, o país assume a poligamia como um comportamento normal dentro da família real.

Rei e rainha sentaram-se lado a lado enquanto o novo membro da casa real se ajoelhava à sua frente. Seguindo o protocolo real, foi despejada água sobre a cabeça da concubina para oficializar o ato. O gesto é inédito no país, que pela primeira vez assume assim a poligamia desde a abolição da monarquia absoluta, em 1932.

Além do título de consorte real, Sineenat Wongvajirapakdi, que era enfermeira do rei, recebeu mais três, incluindo o de oficial superior da equipa de guarda-costas reais.

Os atos e decisões do rei não podem ser criticados, uma vez que, na Tailândia, o desrespeito pela família real pode resultar numa pena de 15 anos de prisão. Neste país, a família real ainda é de grande importância, tendo uma grande lealdade, poder e riqueza. O rei é visto como um protetor espiritual do povo.

ZAP //

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