Apesar de negar ter casos de infeção por covid-19, o novo coronavírus oriundo da China, a Coreia do Norte terá discretamente solicitado ajuda a outros países no combate da doença.
As autoridades do país asiático terão entrado em contacto secretamente com líderes de outros países a socilitar auxílio urgente na luta contra a pandemia, de acordo com Financial Times, que cita várias fontes familiarizadas com o assunto e um documento não identificado.
Além disso, Pyongyang também terá pedido a hospitais na Coreia do Sul e a várias organizações de ajuda internacional o fornecimento de máscaras e testes, de acordo com a agência Reuters, que cita duas fontes.
Oficialmente, a Coreia do Norte não relatou nenhum caso da covid-19, tendo fechado as suas fronteiras com a China no final de janeiro, após o surto se propagar para fora da província chinesa de Hubei.
De acordo com a Sputnik News, pelo menos 590 norte-coreanos realizaram teste para o novo coronavírus, por terem chegado do exterior durante o mês de janeiro. Porém, todos deram negativo.
Todas as saídas e entradas de pessoas em Hubei foram fechadas no dia 23 de janeiro. Dois meses mais tarde, a China anunciou que estava prestes a ganhar a luta contra a epidemia.
Este mês, o jornal oficial da Coreia do Norte detalhou os mais recentes esforços de Pyongyang para impedir o ataque do coronavírus, afirmando que “a doença infecciosa ainda não chegou ao país”. No entanto, no mesmo dia, o Daily NK, da Coreia do Sul, avançou que cerca de 1.800 soldados norte-coreanos sucumbiram ao vírus, estando milhares em quarentena.
A publicação revelou ainda que cerca de 100 soldados morreram em janeiro e fevereiro e que outros 3.700 estão em quarentena. A maior parte dos militares que morreram estavam destacados na fronteira com a China ou perto dela.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000. Dos casos de infeção, pelo menos 108.900 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.