O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, diz que a solução imediata para o encerramento das maternidades é a contratação de médicos externos.
A solução parece ser bastante óbvia para Miguel Guimarães: contratar médicos externos. O bastonário da Ordem dos Médicos diz que para evitar que as maternidades fechem durante o verão é necessário adotar uma política de contratação como a do setor privado.
Miguel Guimarães esteve esta terça-feira reunido com vários diretos de serviços de Ginecologia/Obstetrícia e de Neonatologia a discutir o problema do encerramento das maternidades. O bastonário defende também que o Estado deve pagar o mesmo valor que os privados pagam aos médicos durante os meses de férias.
De acordo com o Observador, em declarações aos jornalistas à saída da reunião, Miguel Guimarães realçou que a situação atual dos hospitais “é muito mais grave e mais complexa do que aquilo que tem vindo a ser falado” e que todas as maternidades dependem da contratação externa para assegurar o seu funcionamento.
A zona sul do país é a mais afetada, com vários especialistas em falta nas maternidades a limitarem os seus serviços. Todavia, o problema estende-se até à capital e na Maternidade Alfredo da Costa, por exemplo, só há anestesistas para cinco dias de urgências em agosto.
Uma equipa completa de urgência na Alfredo da Costa, em teoria, deveria contar com seis obstetras (três especialistas e dois internos) e dois anestesistas, além dos neonatologistas (dois a três) e equipa de enfermagem. Em alturas de maior escassez de recursos a prática passa por diminuir para cinco o número de obstetras.
