Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia (UE) aprovaram hoje a “bússola estratégica”.
É o novo plano de ação europeu, com vista ao reforço da sua política de defesa e segurança até 2030, num contexto de regresso da guerra à Europa, avança a LUSA.
O documento, que foi negociado entre os Estados-membros ao longo dos últimos dois anos, foi aprovado hoje no Conselho “Jumbo” — a designação dada às reuniões conjuntas de chefes de diplomacia e ministros da Defesa dos 27.
Deverá ser formalmente adotado pelos chefes de Estado e de Governo da UE no Conselho Europeu, que decorre entre quinta e sexta-feira em Bruxelas.
“O ambiente de segurança mais hostil exige que demos um salto quântico em frente e aumentemos a nossa capacidade e vontade de agir, reforcemos a nossa resiliência, e invistamos mais e melhor nas nossas capacidades de defesa”, lê-se no documento.
Endurece a linguagem relativamente à Rússia, assume que a UE está coletivamente subequipada, e traça o objetivo de um maior investimento na defesa.
O objetivo da “bússola” é tornar a UE “mais forte e mais capaz” em termos de capacidades de defesa, pois o bloco comunitário “precisa de ser capaz de proteger os seus cidadãos e de contribuir para a paz e segurança internacionais”.
O Conselho nota ainda, em comunicado, que tal “é ainda mais importante numa altura em que a guerra regressou à Europa, na sequência da agressão russa injustificada e não provocada contra a Ucrânia”.
A “Bússola Estratégica” seria uma versão europeia parecida com o “Conceito Estratégico” da NATO, que define os objectivos da aliança transatlântica.
Josep Borrell mostrou-se satisfeito com o progresso alcançado em novembro, que conseguiu “um amplo apoio de ministros (da Defesa e dos Negócios Estrangeiros), que expressaram a sua prontidão para continuar a trabalhar ativamente”.
O avanço com um exército europeu surgiu 20 anos depois dos líderes da União Europeia terem concordado na criação de uma força com entre 50 mil e 60 mil tropas, os chamados “Battle Groups“. No entanto, a proposta não chegou a sair do papel e tornar-se operacional.
Lorenzo Guerini, Ministro das Forças Armadas italiano, acredita que a força europeia complementaria o trabalho da NATO e reforçaria as relações transatlânticas.
Guerra na Ucrânia
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