As clínicas e consultórios dentários vão retomar a sua atividade, embora condicionada, na segunda-feira, com as consultas a serem marcadas previamente por telefone ou correio eletrónico e os utentes a usarem máscara antes de serem atendidos pelo médico.
A informação foi prestada à Lusa pelo bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, esta sexta-feira, no dia em que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma orientação sobre medicina dentária durante a pandemia da covid-19, que abrange clínicas, consultórios ou serviços de saúde oral.
Desde 15 de março que as clínicas e os consultórios dentários estão encerrados, com os cuidados médicos a serem prestados apenas nos casos urgentes e inadiáveis.
Na prática, a partir de segunda-feira, segundo o bastonário, as clínicas e os consultórios vão poder retomar a sua atividade, embora com condicionantes.
As consultas passam a ter que ser marcadas previamente por telefone ou por correio eletrónico, com o utente a responder a um questionário para avaliar o risco de contágio por covid-19: se tem sintomas, se já esteve doente ou se esteve em contacto com doentes. Em caso de sintomas ou doença, é aconselhado ao utente o adiamento da consulta.
Se os cuidados de que necessita são urgentes e inadiáveis, a consulta é reprogramada para o final da manhã ou da tarde, em horários específicos, para que o utente não se cruze com outros.
Nas outras situações, em que o utente não tem sintomas ou infeção, a consulta é marcada para uma data aprazada.
Os utentes têm de usar máscara cirúrgica, só a retirando quando estiverem a ser consultados e a receber cuidados médicos, explicou Orlando Monteiro da Silva. Os estabelecimentos devem fornecer máscara cirúrgica a todas as pessoas que não trouxerem uma, explica o jornal Público.
As salas de espera terão lotação limitada, para garantir o distanciamento necessário, e deixarão de ter revistas, folhetos ou dispensadores de água para evitar o seu manuseamento e, desta forma, o risco de contágio pelo vírus.
A renovação do ar terá de ser frequente, preferencialmente com portas e janelas abertas. Na entrada dos consultórios e clínicas haverá gel desinfetante para as mãos.
No gabinete do médico só é autorizada a entrada de acompanhantes em situações especiais, como a de o utente ser menor. Neste caso, o acompanhante tem de estar sentado a dois metros de distância do equipamento dentário e com máscara cirúrgica.
Dada a “grande proximidade” com os utentes, os dentistas e outros profissionais de saúde oral estão expostos “a gotículas respiratórias e a aerossóis que podem ser criados durante os procedimentos clínicos, tornando o gabinete de consulta uma potencial fonte de transmissão do vírus”, refere a orientação da DGS, assinalando que “medidas adicionais devem ser tomadas para assegurar uma minimização da transmissão deste vírus”.
Os profissionais devem usar equipamento de proteção que, nos casos de alto risco, inclui bata, máscaras FFP2 ou FFP3, óculos ou viseiras, luvas, toucas e proteções de calçado.
A orientação da DGS vigora a partir de domingo, dia em que Portugal entra no estado de calamidade, que se traduz na aplicação faseada de medidas de desconfinamento. Na quinta-feira, depois do Conselho de Ministros, António Costa explicou em que moldes vai ocorrer esta transição, falando de vários setores, entre os quais o do comércio, dos transportes, da cultura e do desporto.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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É curioso… depois de preconizadas algumas medidas óbvias, quando chega à parte difícil dos aerossóis dizem: “medidas adicionais devem ser tomadas para assegurar uma minimização da transmissão deste vírus”… pois mas não as definem… cambada de incompetentes…
Já agora, gostava que os artigos fossem escritos em Português correcto.
“Já agora, gostava que os artigos fossem escritos em Português correcto”
Podia dar o exemplo e procurar escrever correto em vez de correcto. E, já agora, “pois mas não as definem” seria mais correto “pois, mas não as definem”