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Mais de 500 civis mortos em ataques russos na Síria. Pelo menos 130 eram crianças

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Mohammed Badra / EPA

Uma criança a chorar no hospital em Ghouta Oriental, Síria.

Mais de 544 civis foram mortos e mais de 2 mil pessoas ficaram feridas após ataques russos, este domingo, a um baluarte rebelde no noroeste da Síria. Pelo menos 130 dos mortos eram crianças.

A guerra entre o presidente sírio Bashar al Assad e as fações rebeldes está a intensificar-se e, este domingo, os ataques aéreos russos no noroeste da Síria só vieram agravar a situação. O SNHR, um grupo de direitos humanos, diz que 544 civis foram mortos e 2.117 pessoas ficaram feridas. Pelo menos 130 vítimas eram crianças.

“Os exército russo e o seu aliado sírio estão a atacar deliberadamente civis, com um número recorde de instalações médicas bombardeadas”, disse à Reuters Fadel Abdul Ghany, presidente da SNHR.

Em sua defesa, Moscovo diz que os ataques não foram intencionados aos civis e que a Rússia e a Síria apenas se estão a defender de ataques terroristas de Al Qaeda que alegam ter atingido área altamente populadas. Além disso, acusam os rebeldes de quebrar um acordo de cessar-fogo.

A US Human Rights Watch acusa russos e sírios de terem usado munições de fragmentação e armas incendiárias em ataques a áreas ocupadas por civis. “Vilas e cidades inteiras tiveram de ser evacuadas”, disse um porta-voz da Defesa Civil de Idlib, citado pelo jornal russo The Moscow Times. Segundo as Nações Unidas, pelo menos 300 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas devido a ataques russos e sírios.

Já morreram demasiadas pessoas” e “até as guerras têm leis” defendeu as Nações Unidas, remetendo para ataques das forças do governo a hospitais, escolas e mercados públicos.

“Ter estas instalações médicas bombardeadas e postas fora de serviço em menos de dois meses não é um acidente”, disse Khaula Sawah, vice-presidente da União de Organizações de Assistência Médica e Socorro dos Estados Unidos, que tem oferecido ajuda no noroeste da Síria. “Vamos chamar as coisas pelo seu nome: um crime de guerra“, acrescentou, citado pelo The Independent.

ZAP //

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13 Comments

  1. Típico das bestas russas! Estes não se preocupam com detalhes como “danos colaterais”, arrasam tudo à sua volta querem lá saber se são crianças ou inocentes, não querem é que os atrapalhem! Curioso é, não ter lido nada sobre este assunto a não ser aqui.

  2. Os hospitais não são acidentes, são alvos estratégicos. Não há cá regras no meio de uma guerra ….
    Os civis ajudam os bandidos, os civis tornam-se bandidos …

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