Cientistas japoneses da Osaka University criaram uma criança-robô que consegue sentir dor. De acordo com os investigadores, isso pode ajudar os robôs a entender e simpatizar com os humanos.
Os cientistas desenvolveram uma pele sintética que contém sensores para detetar de forma subtil mudanças na pressão, seja um toque leve ou um soco forte. Este “sistema nervoso da dor” artificial foi conectado a uma criança-robô androide realista que reage às sensações, usando uma variedade de expressões faciais.
Chamada Affetto, a criança robô foi revelada pela Universidade de Osaka em 2011. Na época, era apenas uma cabeça realista que fazia uma variedade de expressões, como sorrir e franzir a testa. Isto era possível através de um material macio, semelhante à pele, que cobria o robô e que se movia usando 116 pontos faciais diferentes.
De acordo com o IFLScience, este projeto mais recente deu à criança-robô um corpo completo, com esqueleto artificial com pele e coberto pelo novo sensor tátil.
Segundo a teoria, estes robôs serão capazes de comunicar com os seres humanos de forma mais autêntica e eficaz se derem a impressão de que sentem como nós. No entanto, em declarações ao Science News, Antonio Damasio, neurocientista da Universidade do Sul da Califórnia, apontou que “não é a mesma coisa”.
O objetivo final é criar robôs “sociais” mais realistas, capazes de interagir mais profundamente com os seres humanos.
Isto não está tão longe como parece. O Japão já tem robôs em casas de repouso, escritórios e escolas como forma de lidar com o envelhecimento da população e a diminuição da força de trabalho. Alguns estados dos EUA também estão a experimentar o uso de Robocops – robôs polícias – para patrulhar as ruas.