Mesmo depois de a pandemia do novo coronavírus diminuir e voltar a ser seguro estar com outras pessoas, a sociedade pode nunca mais ser a mesma.
A atual pandemia de Covid-19 está a mudar rapidamente a forma como vivemos e trabalhamos. E, de acordo com Patrick Condon, professor de design urbano da Universidade da Colúmbia Britânica, estas mudanças podem ter impactos a longo prazo nas cidades.
Condon prevê, de acordo com um comunicado divulgado pelo Phys, que as cidades tornar-se-ão ainda mais estratificadas por classe socioeconómica. O professor prevê um futuro próximo no qual as pessoas mais ricas se retirem para as suas casas particulares, os transportes públicos colapsem e os escritórios fiquem fechados, enquanto os funcionários trabalham remotamente.
À medida que os ricos se afastam do resto da sociedade, Condon prevê que as aplicações de carros particulares, como a Uber, ultrapassarão os comboios e os autocarros.
“Os ricos afastar-se-ão ainda mais da proteção de porteiros e condomínios fechados”, disse Condon. “Carros higienizados com motoristas. Toda a gente terá mais medo de qualquer contacto público, pelo menos durante vários anos, se não uma década ou mais”.
Condon argumenta que a desigualdade habitacional tem de ser tratada. Caso contrário, o declínio previsto nos sistemas de transporte público pode significar o fim para os trabalhadores que não se podem dar ao luxo de viver nas cidades onde trabalham.
“Em tempos de pandemia, essa desigualdade é cada vez mais evidente, porque coloca em risco o deslocamento dos trabalhadores e interfere no bom funcionamento da cidade“, explicou.
Da mesma forma, os locais públicos, como as bibliotecas e os centros recreativos, que já estão enfraquecidos pela Internet, serão ainda mais enfraquecidos. Segundo Condon, com os recursos públicos a serem “desviados” para o controlo da doença, sofrerão uma queda no financiamento.
“Infelizmente, prevejo um deslize contínuo na nossa infraestrutura cívica. No final, suspeito que as nossas preocupações pós-crise sejam mais básicas: onde posso morar de forma acessível e como posso aceder ao emprego e serviços em segurança”, rematou.
Actualmente é ver alguns citadinos, alguns endinheirados com possibilidades de alugar casa e outros com casa ou familiares nas aldeias a refugiarem-se nestas e se tocar a fome ainda haverá alguns lisboetas ou outros que até nem gostam nada da aldeia e acham isto ridículo a virem reclamar um terreno que até seria já do avô ou bisavô, que está há anos ao abandono pleno de mato e silvas para lá semear umas batatitas e uma horta para dali tirarem alguma coisa que comer, quem sabe? A história tem-nos aplicado grandes partidas e esta poderá estar em vias de ser mais uma.
Pior que o virus são estes profetas da desgraça… rsss
Deixem vir a vacina e voltará tudo ao mesmo. Siga o consumismo em barda, o viajar para postar no facebook, o viver para o show off porque na realidade o interior é quase sempre pobre e apenas vale pelo que os outros pensam de nós. É a sociedade que temos. Um profundo vazio.
O mundo é nós humanos: a nossa pegada está a ser a nossa destruição, no final de cada refeição no restaurante a fatura com a conta vem no final. O planeta está a enviar a fatura das entradas da nossa refeição, estamos apenas no início. Os derrames de petróleo no mar, os derrubes de árvores nas matas, a contaminação dos solos e por fim, o plástico: não há um metro quadrado de solo que não contenha plástico. Covid 19 é um de muitos outros vírus que estão para vir. O planeta Terra é a nossa casa, quando ela acabar para o cidadão comum, também acaba para os ricos, Marte, pode ser uma segunda oportunidade para eles????
Todos temos que aproveitar a quarentena e rever todo o potencial mal que temos andado a cometer e mudar a estrura de vida. Pensem nisso.