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A maior “cidade-fantasma” da China voltou a florescer (graças à educação)

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Kangbashi, na Mongólia Interior, é considerada há muitos anos a maior “cidade-fantasma” da China. Agora, tem muito a agradecer a uma jogada inesperada, mas muito eficaz: o setor da Educação.

Há alguns anos que Kangbashi, uma cidade no meio dos desertos áridos da Mongólia Interior, região autónoma no norte da China, ganhou a reputação de “guicheng”, termo que na nossa língua poderá ser traduzido em algo como “cidade-fantasma”.

Porém, conta o jornal japonês Nikkei Asia, isso parece estar a mudar e o distrito está agora a experimentar um rápido crescimento populacional. Os apartamentos, outrora vazios, já foram vendidos e até já estão a ser construídos novos edifícios, ainda mais altos.

“Já não somos uma cidade-fantasma”, assegurou um agente imobiliário local, sem conseguir conter uma boa gargalhada, citado por aquele jornal.

Mas, afinal, qual é o segredo que explica esta mudança repentina? A resposta está num fator inesperado, mas, pelos vistos, muito eficaz: Educação. Assim que as autoridades municipais decidiram mudar algumas das melhores escolas secundárias da cidade vizinha de Ordos para Kangbashi, muitos pais, para tentar garantir que os seus ‘rebentos’ conseguem entrar um dia nas melhores universidades da China, foram atrás.

Os preços das casas começaram a disparar e começam a surgir novos investimentos no setor. Neste momento, explica o mesmo agente imobiliário, “os preços no centro da cidade chegam aos 15 mil ienes (cerca de 1.900 euros) por metro quadrado”.

Tal como explica o jornal japonês, na China existem regras apertadas que obrigam, por exemplo, os pais que querem colocar os filhos numa certa escola cobiçada a ter uma casa no distrito onde está localizada.

Esta situação faz com que os preços subam drasticamente. Em cidades como Pequim ou Xangai, os preços das propriedades perto de bons estabelecimentos de ensino podem atingir milhões de euros.

Por outro lado, no caso de Kangbashi, muitos bons professores também foram levados a mudar-se, tendo sido “atraídos com casas a metade do preço”, disse uma fonte não identificada ao jornal.

Apesar de esta ser uma boa mudança, há quem esteja preocupado com o facto de poder ser apenas temporária. Recorde-se que a Mongólia Interior continua a estar no fundo da tabela, a nível nacional, quando se fala em crescimento económico.

ZAP //

6 Comments

  1. Vimos o Comunismo de miséria. Agora vemos o Comunismo de sacanagem: quem tem safa-se, quem não tem, lixa-se. Mas na verdade sempre foi assim, porque sem ser na China os Comunistas, desde que elite dirigente, tinha tudo (nem precisavam de dinheiro para isso), os outros sujeitavam-se, como explorados que eram, ao que sobrava.
    VIVA O COMUNISMO !!!! (que devia ser proibido como o é, e bem, o Nazismo!)

    • Meu caro, eu não sou comunista, mas você faz uma comparação errada. É que a ideologia Nazista é de Supremacia, é Racista , é Déspota , é criminosa. Já o comunismo nasceu para defender a igualdade entre os homens e os povos , visando acabar com a exploração do Homem pelo Homem. Só que os comunistas que chegaram ao poder desvirtuaram a ideologia inicial e a bondade e ingenuidade dos verdadeiros comunistas e tornaram-se verdadeiros criminosos , desprovidos de qualquer sentido de justiça e fraternidade. Mas no comunismo há muita povo de bem, já no Nazismo a Própria ideologia apela à violência contra quem pensa diferente. Veja o caso Português, já se sentiu ameaçado pelo PCP?

      • Está tão enganado como eu estava quando tinha essa mesma esperança no Comunismo. O Comunismo é exatamente igual ao Nazismo ou ao Fascismo, tal como há semelhanças entre religiões com a mesma base. Se analisar sem sentimentos ideológicos, verá que os comunistas perseguem os seus inimigos como os nazis ou fascistas. Matam com a mesma intenção e objetivo. Usam os mesmos métodos destrutivos e as mesmas formas de manifestação de arregimentação e agregação de militantes e simpatizantes. Enquanto para os nazis ou fascistas o inimigo é TODO aquele que não respeite e cumpra as regras do Estado (totalitário imposto pelo partido); para os comunistas o inimigo é TODO aquele que não respeite e cumpra as regras do Estado (totalitário imposto pelo partido). Nota diferenças? Um diz que é preciso liquidar quem não defende o nacionalismo; outro diz que é preciso liquidar quem não defende o proletário. Para um, o nacionalismo é um deus (mas na verdade não é mais do que o partido diz que é); para outro o proletário é um deus (mas na verdade nenhum dos que mandam são proletários, embora falem por eles e os matem e os condenem a uma vida miserável, bem pior que a dos proletários do regime capitalista).
        Todo o regime que não defenda em palavras e na prática da lei, a Democracia e a Liberdade individual, mais não é que um regime mafioso e torcionário que, para se manter vigente, alega que o povo está a ser defendido de inimigos que esses líderes inventam e até provocam, só para que o povo se mantenha com medo e deseje a proteção desse estado que mais não é que opressor. Veja Cuba, veja a URSS, veja a Venezuela, e veja agora a Argentina e esta como está a ‘fabricar’ inimigos, para poder impor as mesmas regras impostas na Venezuela. Acha que o povo gosta de viver na miséria como nesses países ou em Cuba? Esses regimes só se conseguem manter com a repressão e o medo…
        NOTA: se ler testemunhos de pessoas que viveram no regime soviético, virá a saber que eles eram racistas e prendiam indivíduos só porque eram judeus ou de outras etnias… tal como os nazis ou fascistas.

      • Apesar de nunca ter sido comunista, temos de ser imparciais nas análises: A diferença está na ideologia ….. Os exemplos que todos conhecemos dos crimes cometidos em estados comunistas, tem a ver com os dirigentes e não com a ideologia. O Sr. consegue conviver com militantes comunistas no maior respeito e civismo……. Já os militante de extrema direita ,são extremamente agressivos, usam e abusam da violência, são militaristas (cabeças rapadas, uniformes militares, pureza da raça, detestam negros e outras minorias, matam quem se lhes opõe) O Sr. acha que os militantes comunistas portugueses são assim?

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