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China declara que erradicou a pobreza extrema

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CJCS / Flickr

O Presidente da China, Xi Jinping

A China declarou na segunda-feira que a pobreza extrema foi eliminada em todo o país, uma das bandeiras do Partido Comunista Chinês (PCC) para reduzir as desigualdades na sociedade.

Nove condados, na província de Guizhou, foram recentemente certificados como livres de pobreza, informaram as autoridades chinesas, citadas num artigo do jornalista James T. Areddy, publicado no Wall Street Journal. Estes foram os últimos a ultrapassar o limite estabelecido pelo país, com base em indicadores que incluem receita, saúde, educação e habitação, entre outras necessidades básicas.

A eliminação da pobreza até o final deste ano é uma das medidas do PCC para construir o que denomina como uma sociedade moderadamente próspera antes do 100º aniversário do partido, em 2021. O presidente Xi Jinping direcionou investimentos para escolas, clínicas, habitação e doações, de forma a cumprir a meta, estabelecida em 2011.

Quatro décadas de políticas económicas orientadas para o mercado chinês criaram uma sociedade altamente desigual, à medida que as cidades enriqueciam e as zonas rurais eram deixadas para trás. Jinping descreveu a desigualdade como um risco para o governo e buscou modernizar o campo, lê-se no artigo.

No início do ano, o Diário do Povo referiu que a pobreza atormentou a China por milhares de anos e que eliminá-la poderia ser considerado como “um milagre chinês na história humana”. Apesar dos contratempos associados à pandemia de coronavírus, Jinping disse durante uma reunião do G20 que a meta estava ao alcance.

O PCC há muito classifica a redução da pobreza como a maior conquista nas reformas voltadas para o mercado, adotadas após a morte de Mao Zedong, em 1976. De acordo com o partido, 70% da redução global da pobreza nas últimas décadas ocorreu em China – com cerca de 700 milhões de pessoas a saírem da pobreza.

Organizações internacionais atribuem a Pequim uma grande melhoria nos meios de subsistência pessoais. Ainda assim, alguns economistas estrangeiros dizem que a China estabeleceu os padrões de pobreza muito baixos, notou James T. Areddy.

Um relatório deste ano de ex-funcionários do Banco Mundial revelou que se fosse aplicado um padrão uniforme de 5,50 dólares diários de receita, ou cerca de 2.000 dólares por ano, cerca de 373 milhões de cidadãos (27% da população) seriam considerados pobres. “Com essas taxas, a pobreza na China ainda é considerável e merece novos esforços e um maior refinamento das políticas, estratégias e programas contra a pobreza”, indicou o relatório.

A media estatal chinesa informou na segunda-feira que a receita líquida média dos residentes anteriormente empobrecidos nos últimos nove condados de Guizhou é agora de cerca de 1.750 dólares por ano.

Matteo Marchisio, diretor do Leste Asiático da agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Agrícola, declarou que discutir sobre a taxa exata de pobreza pode retirar o foco ao “quadro geral – isto é, a China conseguiu aumentar a receita de centenas de milhões de pessoas acima da linha da pobreza em poucos anos”.

A verdadeira questão, acrescentou, é tornar essas conquistas sustentáveis, concentrando-se naqueles que se encontram um pouco acima da linha da pobreza, combatendo as desigualdades sistémicas e definindo políticas para melhorar a receita, que não exijam dinheiro do governo.

ZAP //

5 Comments

  1. Roubando o mundo inteiro!!!!! Se o comunismo é a maravilha das maravilhas porque ainda existe na China a extrema probreza?!!! Passaram para que agora?!!!! Miséria total?!!!! Talvez sirva para que alguns esquerdopatas trogtloditas possam pensar!!!!! Mas, com o cérebro no intestino grosso…como podem pensar?!!!

  2. Com o mundo inteiro a dar-lhes a mão com a história da globalização em que nos puseram dependentes deles em quase tudo, têm razões mais do que suficientes para que o lucro dê para alguma coisa de prestável.

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