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Se Chega vencer eleições, “ofender polícias, magistrados ou guardas prisionais vai dar prisão”

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José Sena Goulão / Lusa

André Ventura, líder do Chega, com a t-shirt do Movimento Zero durante manifestação de polícias em frente ao Parlamento.

Tal como Donald Trump, André Ventura abriu guerra contra o Twitter e deixou um aviso: “Se o Chega vencer as eleições, ofender polícias, magistrados ou guardas prisionais vai dar mesmo prisão”.

Numa altura em que os protestos contra a morte de George Floyd e a violência policial nos Estados Unidos se adensam, por cá, André Ventura marcou a sua posição. O deputado da Assembleia da República escreveu na sua conta de Twitter que, “se o Chega vencer as eleições, ofender polícias, magistrados ou guardas prisionais vai dar mesmo prisão”.

Além disso, tal como fez Donald Trump, André Ventura declarou guerra à rede social Twitter. “O Twitter deixará de ser a bandalheira que é, pelo menos em Portugal”, escreveu o deputado único do Chega. O Presidente dos Estados Unidos assinou um decreto que pede a revisão da proteção legal das redes sociais, após o Twitter ter assinalado mensagens de Donald Trump com alertas de verificação de factos.

“Hoje uma cópia de Trump, amanhã uma cópia de Bolsonaro: Ventura é um populista que corre pela margem, vai todos os dias dizer coisas polémicas, que ultrapassem os limites”, disse o politólogo Adelino Maltez, em declarações ao Diário de Notícias.

O entusiasmo com as recentes sondagens, que colocam o Chega à frente do Bloco de Esquerda, e a perda de palco na CMTV são duas das razões apontadas por Maltez para este comportamento de Ventura.

A mais recente sondagem da Pitagórica para o JN e para a TSF mostra que o Chega ultrapassa o Bloco de Esquerda, sendo a terceira força política com mais intenções de votos. O partido até desce face a abril – de 7,3% para 6,4%, mas como o BE desce mais (de 8,1% para 6,1%), o partido chega ao pódio da sondagem.

Em maio, a CMTV dispensou o deputado único do Chega André Ventura, que há vários anos era colunista do Correio da Manhã e comentador da estação televisiva.

“Foi uma decisão editorial. Acho que enquanto comentador fez a sua parte e foi sempre muito fiel ao projeto. Mas considero que recentemente foram ultrapassadas algumas linhas vermelhas e também já era altura de repensar os painéis”, disse Octávio Ribeiro, diretor geral editorial do grupo Cofina.

ZAP //

3 Comments

  1. Não voto há mais de 30 anos. Nas próximas eleições votarei no CHEGA. É preciso mostrar um enorme cartão vermelho a todos estes partidos e famílias que vivem do poder desde o 25 de abril.
    Fazem o que querem, têm a justiça na mão, roubam o quanto podem, fazem tudo à descarada, inventam desculpas patéticas para os seus atos criminosos e tudo impunemente. Veja-se a título de exemplo o caso do lítio em que um ministro disse que é natural uma empresa constituir-se 3 dias antes, com capital mínimo, sede social na junta de freguesia do PS e ganhar um concurso público de atribuição de uma concessão que poderá valer muitos milhões ao longo das próximas décadas. Isto é gozar com o povo.
    É um regabofe.
    Vou votar no CHEGA.

  2. O chega veio á meia duzia de dias para a politica,e já anda a fazer mais barulho do que qualquer outro partido que tem 30 ou 40 anos de história ,eu não vou em cantigas ,estou cheio de ouvir aldrabices ,e pelos vistos cada vez mais ,já não aguento tanta trafulhice a ficar impune ,

  3. Imagine, se o PS tem a justiça na mão o que acha que o CHEGA terá se ganhar? Eles antes de ganhar já estão a dar coisas para eles hahaha

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