Chefe de gabinete de Mário Centeno ataca Ministério Público no Facebook

André Caldas / Facebook

André Caldas, chefe de gabinete de Mário Centeno, abraça o primeiro-ministro António Costa

O Ministério Público foi alvo de várias críticas por parte do chefe de gabinete do ministro das Finanças no Facebook, sobretudo por causa dos últimos desenvolvimentos da ação judicial sobre o chamado “Mono do Rato”.

O chefe de gabinete de Mário Centeno no Ministério das Finanças, André Caldas, fez na sua página do Facebook um ataque ao Ministério Público, avança o Observador. O ex-presidente da junta de freguesia de Alvalade apontou o dedo ao procurador da ação judicial sobre o chamado “Mono do Rato” mas acabou por fazer uma crítica generalizada ao MP.

“O Ministério Público tem mostrado com regularidade não compreender bem os limites à sua atuação. Atenção, que quando assim é, a democracia é quem sofre”, escreveu o socialista num post pessoal, agora citado pelo jornal online.

“Já os tinha visto (de perto) assumir que agiam com base em notícias do CM [Correio da Manhã]. Com base no Facebook é uma estreia“, escreveu ainda, naquilo que parece ser uma referência à investigação ao caso dos bilhetes do Benfica que envolveram Centeno.

A alusão seguinte prende-se, segundo o jornal, com o facto de os movimentos contra o “Mono do Rato” terem começado nas redes sociais e terem levado a uma ação do MP que pediu a nulidade da aprovação do projeto.

Em declarações ao Observador, Caldas explica que se trata de um “post pessoal, que nem sequer é público” e que foi feito “só para os amigos do Facebook”. Contactado pela TSF, o Ministério das Finanças recusou-se a comentar o assunto.

As críticas do socialista ao Ministério Público surgem numa altura em que os socialistas têm revelado relutância em assumir a recondução da atual Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.

No passado domingo, no seu habitual espaço de comentário na SIC, Marques Mendes defendeu que a Procuradora-Geral da República “deve ser reconduzida para um segundo mandato” e que, caso isso não aconteça, será um “uma decisão estranha e suspeita” e que “cheira a esturro”.

O mandato de Joana Marques Vidal só termina em outubro mas uma eventual substituição tem sido abordada por diferentes quadrantes. Apesar disso, o seu futuro está nas mãos do Presidente da República. É a Marcelo Rebelo de Sousa que compete fazer a nomeação, embora sob proposta do Governo, ou seja, do primeiro-ministro.

ZAP //

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