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Cessar-fogo quebrado. Israel lança ataque aéreo na Faixa de Gaza

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The Israel Defense Forces

Disparos de tanques israelitas na Faixa de Gaza

O cessar-fogo entre Israel e Hamas foi quebrado na madrugada desta quarta-feira. Os israelitas lançaram um ataque aéreo na Faixa de Gaza depois de, segundo dizem, terem sido lançados balões incendiários a partir deste território.

De acordo com a BBC, o serviço de bombeiros israelita detalhou que vários balões foram enviados desde Gaza para Israel, esta terça-feira, causando pelo menos 20 incêndios em campos no sul do país. Israel, por sua vez, lançou vários ataques aéreos contra este território palestiniano.

Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que os aviões de combate atingiram alvos militares operados pelo Hamas em Khan Yunis e na Cidade de Gaza.

A mesma nota acrescenta que houve “atividade terrorista” nestes locais e que o exército israelita estava “preparado para todos os cenários, incluindo a retomada das hostilidades, em face dos contínuos atos de terror na Faixa de Gaza”.

Ainda não se sabe se os ataques aéreos fizeram vítimas ou feridos, adianta a emissora britânica.

Em comunicado, publicado no Twitter, um porta-voz do Hamas afirmou que os palestinianos vão continuar a perseguir a sua “brava resistência e a defender os seus direitos e locais sagrados” em Jerusalém.

Este é o primeiro conflito entre os dois territórios desde que o cessar-fogo foi acordado a 21 de maio, depois de 11 dias de confrontos que mataram mais de 200 palestinianos e 12 israelitas e fizeram muitos feridos.

O confronto surgiu na sequência de uma marcha em Jerusalém Oriental, ocorrida esta terça-feira e apelidada de Marcha das Bandeiras, feita por israelitas nacionalistas para celebrar a vitória do seu país na chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967. Mais de 30 manifestantes palestinianos ficaram feridos e 17 pessoas foram detidas, tendo a polícia israelita disparado granadas e balas de borracha.

Segundo a BBC, vídeos partilhados nas redes sociais mostram alguns manifestantes israelitas a gritar “morte aos Árabes” para palestinianos locais.

Este é também o primeiro ataque desde que a nova coligação governamental, liderada pelo novo primeiro-ministro Naftali Bennett, chegou ao poder, no passado domingo.

O líder da direita radical, da formação Yamina, usou algumas musculosas declarações nacionalistas nos últimos tempos para conseguir seduzir uma parte dos colonos.

Exemplos: O conflito com os palestinianos não pode ser resolvido, tem de ser suportado como “um estilhaço nas nádegas”; não há ocupação israelita na Cisjordânia porque “nunca houve um Estado palestiniano”; os “terroristas devem ser mortos, não libertados”, a propósito dos prisioneiros palestinianos em Israel.

Controlada pelo Hamas desde 2007, a Faixa de Gaza é um enclave palestiniano sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

Esta escalada de violência, considerada a mais grave desde 2014, começou a 10 de maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas.

Palestinianos entraram em confrontos com a polícia em resposta às operações policiais israelitas durante o Ramadão e à ameaça de despejo de dezenas de famílias por colonos judeus.

Filipa Mesquita, ZAP //

6 Comments

  1. Novo lider mas “velhas politicas”.
    No discurso de tomada referidas coisas bonitas como o bem estar entre os povos, trabalhar-se para uma harmonia, etc…
    decorrido menos de 24 horas lança-se logo novo ataque sobre o inimigo…
    afinal parace que mudam os lideres mas permanecem as velhas politicas…

  2. Está na hora do Irão dar um ar de sua graça e mostrar ao Nazi do novo Primiro-Ministro Israelita, que a Palestina é um Estado tanto como Israel desde o fim da Segunda Guerra Mundial e que enquanto nação não é para massacrar, destruir nem fazer limpezas étnicas. Força Irão!

  3. Essa é boa! Então o Irão grande aliado dos nazis ao ponto de ter um barrio precisamente com esse nome é que o santinho da “estória”!? deve estar a delirar! O curioso é que as supostas “vitimas” dos israelitas não param de provocar e aprender a viver em paz! Deve ser um tique que vem da cumplicidade dos árabes com os nazis! Estude um pouco mais, só lhe faria bem!

  4. Mais uma vez os provocadores palestinianos a atirarem pedras ao telhado do vizinho para depois perante a comunidade internacional se fazerem passar de vítimas, pior ainda, esse aglomerado de gente a viver numa faixa de terreno à custa da comunidade internacional, pois, parece-me que nada mais sabem fazer do que provocar e guerrear, com estes apoios sentem-se seguros e protegidos para insistirem com a provocação!

  5. Os animais de Israel a fazer aos Palestinianos o que o Hitler fez aos Judeus. Às vezes dá que pensar… Outras vezes nem isso porque o que é evidente, é evidente: os Judeus e em particular os Sionistas, são uns racistas, xenófobos e fascistas. Farinha do mesmo saco dos Nazis que os massacraram no Sec. XX. Mas há quem não se consiga libertar da imagem de vítimas, que o Holocausto deixou aos Judeus e por mais racistas que os Judeus sejam, vão sempre perdoar-lhes isso.

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