Às 2h da madrugada desta sexta-feira, os ataques pararam. Milhares de palestinianos saíram às ruas para festejar o fim da violência, 11 dias depois.
Após 11 dias de guerra, Israel e Hamas chegaram a acordo, numa decisão que acontece depois da pressão internacional ter aumentado nos últimos dias.
Até esta quinta-feira, morreram 232 palestinianos na Faixa de Gaza, incluindo 65 crianças e 39 mulheres. Os confrontos deixaram ainda mais de 1.900 pessoas feridas, segundo o Público. Em Israel, morreram 12 pessoas e centenas ficaram feridas.
A Reuters conta que, na contagem regressiva para o cessar-fogo das 2h, continuaram os disparos de foguetes palestinianos e Israel realizou pelo menos um ataque aéreo.
Estes ataques, mesmo antes de o cessar-fogo entrar em vigor, são frequentes, mas a declaração do Governo israelita deixou espaço para desenvolvimentos: “É a realidade no terreno que vai determinar o futuro da operação”.
Ainda assim, as agências internacionais avançam que o cessar-fogo está, até agora, a ser cumprido. As escolas das zonas central e sul de Israel vão permanecer encerradas, mas a polícia já reabriu as autoestradas nas imediações da Faixa de Gaza, encerradas desde que a violência começou a escalar.
Na madrugada desta sexta-feira, milhares de palestinianos saíram às ruas de Gaza para celebrar. Entre escombros e edifícios bombardeados, viam-se braços erguidos, abraços de comemoração, fogo de artifício e bandeiras da Palestina.
Festejava-se o ponto final desta ofensiva, a mais violenta e letal dos últimos anos.
Abdel Fattah Al-Sisi, Presidente do Egito, que intermediou as conversações entre Israel e Hamas, recorreu ao Twitter, esta sexta-feira, para salientar e saudar o papel de Joe Biden neste processo de cessar-fogo.
Por sua vez, o Presidente dos Estados Unidos assegurou que pretende continuar com a “silenciosa” e “incansável diplomacia” para resolver o conflito israelo-palestiniano, depois de anunciado o cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
“Acredito que os palestinianos e os israelitas merecem igualmente viver em segurança e desfrutar de medidas igualitárias de liberdade, prosperidade e democracia (…). A minha Administração vai continuar com a silenciosa, incansável diplomacia nesse sentido”, disse o democrata, poucas horas depois de anunciada a trégua.
O crédito pelo cessar-fogo, na opinião de Biden, é do Governo egípcio, pelo papel que considerou ser crucial e pelo envolvimento “hora a hora” no sentido de interromper as ofensivas dos dois lados, apesar da discrepância bélica entre o estado de Israel e o Hamas e outros grupos armados classificados como terroristas pelos Estados Unidos.
Entretanto, fontes diplomáticas egípcias disseram à France-Presse que o Cairo vai enviar duas delegações a Telavive e ao território palestiniano no sentido de garantir que o cessar-fogo anunciado é respeitado.
“Duas delegações egípcias vão ser enviadas para Telavive e aos territórios palestinianos para monitorizar a implementação [do cessar-fogo] e o processo para manter as condições estáveis de forma permanente”, explicitaram as fontes diplomáticas, sob a condição de anonimato, ressalvando que a trégua “simultânea e mútua” foi “negociada pelo Egito”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também saudou o papel do Egito e do Catar na mediação.
“Saúdo o cessar-fogo entre Gaza e Israel ao fim de 11 dias de hostilidades mortíferas. Estendo as minhas condolências às vítimas da violência e seus entes queridos. Agradeço ao Egito e ao Catar os esforços levados a cabo, em coordenação com a ONU, para restaurar a calma em Gaza e Israel, e peço a todos os lados que respeitem este cessar-fogo”, disse.
Controlada pelo movimento radical islâmico Hamas desde 2007, a Faixa de Gaza é um enclave palestiniano sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.
Os atuais combates, considerados os mais graves desde 2014, começaram a 10 de maio após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Palestinianos entraram em confrontos com a polícia em resposta às operações policiais israelitas durante o Ramadão e à ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas por colonos judeus.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
Liliana Malainho, ZAP // Lusa
1.º Quem argumenta que os índios na América do Norte são o verdadeiro povo nativo nos EUA, só pode, por coerência de argumentos, reconhecer que os judeus são o verdadeiro povo nativo nesta região, pois remontam aos primeiros registos históricos e antropológicos naquela região.
2.º Se querem comparar a moral e a ética entre Israel e Palestina, pensem no seguinte: se houvesse uma arma, super sofisticada, que fosse capaz de matar qualquer um, em qualquer lado, sem danos colaterais, é certo que Israel iria matar apenas os terroristas palestinianos que os atacam.
No entanto, do lado da Palestina, haveria um genocídio total do povo israelita. De facto, palestinianos (e muçulmanos em geral) detestam os judeus, e desejam a morte a todos os judeus, por motivos religiosos e culturais. Sim, no Corão, Allah (o Deus muçulmano) apela à morte de todos os judeus, e o profeta muçulmano (Maomé) foi responsável pelo genocídio de povos judeus (e também cristãos).
3.º É lamentável que também a esquerda radical em Portugal (BE; PCP) apoie os terroristas palestinianos do Hamas, financiados pelo Irão. Os palestinianos só são vítimas porque querem, e porque nunca aceitaram nenhum acordo por ter um ódio de morte aos judeus. Para além disso, usam o próprio povo como escudo humano. Por isso é que lançam foguetes de pátios de escolas e reúnem-se em edifícios civis.
4.º Este conflito Israel-Palestina é talvez o mais escrutinado do mundo. Afirmar que está a ocorrer um genocídio é um perfeito disparate e só revela a desonestidade e cinismo de quem o afirma.
5.º Mais uma vez se prova que as religiões são a raíz de muitos males neste mundo.
Concordo sem restrição com o ponto cinco !
Sinceramente, não sei o que haverá a Festejar de parte e outra !……..e só mais um episódio, como tantos outros antecedentes (como um Jogo de Futebol), em que se dá mais um intervalo. Nós jogamos com Bolas, Eles ….com Balas ! ……. é a única diferença !
A ONU mostra mais uma vez a sua inoperância, incompetência, inabilidade, e, que a sua existência põe em riscos a paz Mundial. Onde está a atuação da Organização com órgãos conduzidos por PARASITAS , todos . sem exceção. Está na hora das nações democráticas darem um basta nesta quadrilha de comunistas assassinos. Ora, ANTONIO GUTERRES, ainda queres ser reconduzido a Secretaria Geral ? O melhor é saíres devagarinho e pelas “portas do fundo”. É o que pensa joaoluizgondimaguiargondim – [email protected]
O que é que os palestinianos têm a festejar? Começaram como sempre a guerra, terminam sempre derrotados, a única razão que terão para festejar será em Israel não lhes ter invadido o território e tomado conta dele, é o que mereciam!
Só o fanatismo pode festejar una situação de morte e destruição. Inacreditável….