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Cerimónia da Restauração da Independência assinalada sem discursos devido à pandemia

Mário Cruz / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nas Comemorações do 1.º de Dezembro de 2020.

As comemorações do 1.º de Dezembro assinalaram-se este ano em Lisboa sem os habituais discursos e num formato mais reduzido, devido à situação pandémica que o país atravessa, justificou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A cerimónia que assinalou os 380 anos da Restauração da Independência de Portugal perante Espanha (1640) durou cerca de 15 minutos e contou apenas com os procedimentos mais simbólicos, como o içar da Bandeira Nacional e da Restauração, a deposição de flores e a evocação dos heróis.

“Entendeu-se este ano que devia haver uma cerimónia mais sucinta, mais simbólica, atendendo ao estado de pandemia que vivemos”, explicou no final da cerimónia aos jornalistas o Presidente da República.

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e primeiro ministro, António Costa, foram outras das individualidades presentes na cerimónia.

A cerimónia ficou também marcada pelo falecimento do ensaísta Eduardo Lourenço com o Presidente da República e o primeiro-ministro a enaltecerem o percurso do ensaísta português em declarações aos jornalistas.

Tratou-se de uma “coincidência simbólica” que o “maior pensador sobre Portugal vivo nos tenha deixado no dia da Restauração da Independência“, disse o presidente da República. “Quase que parecia que teria que ser assim“, acrescentou.

Portugal está-lhe muito, muito grato. Foi praticamente um século de serviço à nossa pátria”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. “Escreveu sempre sobre Portugal, sobre o que é Portugal, sobre a história de Portugal, o que é ser português, qual é a nossa identidade, o que significamos hoje e no futuro e toda a vida foi verdadeiramente dedicada a pensar sobre Portugal”, realçou o presidente.

ZAP // Lusa

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