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“Centeno omitiu problema sério” que põe em causa venda do Novo Banco

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Nuno Veiga / Lusa

O antigo presidente do PSD, Luis Marques Mendes

O antigo presidente do PSD, Luis Marques Mendes.

O Governo português está a encontrar maiores dificuldades do que alega no processo de venda do Novo Banco. Isto porque Mário Centeno, ministro das Finanças, omitiu “um problema que se arrasta há semanas”, segundo alega Marques Mendes no seu habitual espaço de comentário na SIC.

A venda do Novo Banco tem que ser concretizada até à próxima sexta-feira, 31 de Março, e Marques Mendes revela que o processo não está a decorrer tão bem como Mário Centeno tem dito.

De acordo com o comentador, o ministro das Finanças “omitiu um problema sério que se arrasta há semanas” e que deixa tudo num impasse. Isto porque a Comissão Europeia se opõe a que o Estado português mantenha 25% do capital do banco, depois de o Governo de António Costa se ter proposto a vender a totalidade da instituição.

A proposta dos norte-americanos do Fundo Lone Star, a que foi seleccionada pelo Banco de Portugal para avançar para a venda, prevê a aquisição de apenas 65% do capital do banco, mantendo-se 25% nas mãos do Fundo de Resolução ou do próprio Estado e 10% na posse de empresas portuguesas.

Marques Mendes atesta que a solução final deverá passar por cedências de parte a parte. “Vai ser um meio termo”, salienta o comentador, prevendo que “Bruxelas recua um pouco e o Governo também recua um pouco”.

“Bruxelas aceita que o Estado fique com uma participação de 25%, mas uma participação sem mandar, sem direito a voto, sem interferência na gestão, ou seja, impõe condições”, conclui Marques Mendes.

Ora, esta solução “vai gerar polémica” à esquerda e à direita e será “politicamente difícil” de explicar, vaticina o ex-líder do PSD, notando que para tentar resolver a situação o Governo vai reunir, ao longo desta semana, com os diferentes partidos.

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Marques Mendes falou ainda do caso do Montepio, concluindo que “qualquer comparação com o BES é exagerada”.

Sobre a redução do défice para 2,1%, reconhece que é “uma vitória do Governo”, especialmente quando “há um ano atrás ninguém considerava possível” que isso sucedesse e com a “ajuda da oposição” que alimentou a ideia de que não seria possível de alcançar.

ZAP //

6 Comments

  1. Estas do Sr Mendes são seguidas. Conforme levanta a mão e aponta os dedos,… logo se apanha o comprimento da opinião. Digamos que não dá ponto sem nó. Tudo o que diz tem sentido de interesse pessoal. Muito pouco de informação,.. isto é,… o leitor é para controlar e convencer, não para informar. Lamentavelmente, dispõe de jornalismo inocente ( ou a fingir) que o apoiam os seus intencionados objectivos. Lamentavel atitude de ambos.

  2. O pequenote sempre quis pôr-se em bicos de pés. Diz umas coisas na televisão, que para os mais incautos até parece que o baixote percebe da poda. É mais um fingidor. Só o Presidente Marcelo é que o aguenta.

  3. O senhor Centeno homem infalível tem andado nos últimos tempos talvez embriagado com o resultado da geringonça a meter um pouco os pés na argola, é perigoso porque um dia poderá ficar preso!

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