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Centeno esclarece que não pretende concorrer a governador do Banco de Portugal

Nuno Fox / Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno

Numa entrevista à TSF, o Mário Centeno admitiu ter perfil para o cargo. Agora, o atual ministro das Finanças vem esclarecer que não pretende candidatar-se.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, esclareceu este fim de semana que não pretende candidatar-se a governador do Banco de Portugal e que se limitou a responder a uma questão que lhe foi colocada sobre o perfil para o cargo.

Não houve nem polémica nem candidatura. A única coisa que eu fiz foi: perante uma pergunta sobre qualificações, respondi naturalmente, comparando a importância do cargo do Banco de Portugal com o do diretor-geral do FMI. É só isso, não tem rigorosamente mais informação nenhuma”, afirmou.

Centeno falava aos jornalistas em Helsínquia, à entrada para uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia, ao ser questionado sobre as suas declarações no programa da TSF “Bloco Central”, quando admitiu ter perfil para ser governador do Banco de Portugal.

Às vezes há uma certa sanha interpretativa daquilo que se diz e se responde”, lamentou. “Era absolutamente natural que essa avaliação fosse feita perante a pergunta que me foi colocada. Não há polémica nem candidatura”, reforçou.

No programa de quinta-feira da TSF, Mário Centeno, ao ser questionado sobre se tinha perfil para ser governador do Banco de Portugal, admitiu que sim, ao compará-lo ao de diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, ao qual foi ‘candidato a candidato’.

“Se eu me vejo com perfil para ser governador do Banco de Portugal? Se houver um perfil de um governador do Banco de Portugal é mais ou menos a mesma coisa do que ser diretor geral do FMI, do ponto de vista das qualificações, e, portanto, não vejo onde pudesse estar aí uma dificuldade”, respondeu.

O ministro também comentou a melhoria da perspetiva sobre o rating de Portugal pela agência de notação Standard & Poor’s (S&P), e disse que o país deve ter noção da importância destes “momentos”.

Trata-se de “mais uma boa notícia sobre a confiança, a credibilidade do processo económico, financeiro e orçamental em Portugal”, declarou Mário Centeno, a propósito do anúncio da S&P sobre a “mudança para uma perspetiva positiva a notação da dívida da República Portuguesa

“Esta confiança que obtemos destas agências internacionais faz com que, neste momento, todas essas agências tenham uma perspetiva positiva sobre essa notação, o que perspetiva de certa forma que no curto prazo possam existir melhorias da notação propriamente dita”, afirmou.

ZAP // Lusa

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