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100 empresários preocupados apelam “à união de todos”

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Mais de cem empresários subscreveram um manifesto no qual se afirmam preocupados com a situação de incerteza que o país atravessa e apelam “à união de todos”, porque “a confiança” é “determinante para a recuperação económica”.

Entre os subscritores contam-se nomes como Peter Villax, Vasco de Mello, Francisco Van Zeller, João Pereira Coutinho, Pedro Teixeira Duarte, Manuel de Mello Champalimaud, Alexandre Relvas, João Portugal Ramos, Duarte Champalimaud ou Filipe de Mello.

Fazendo parte da Associação das Empresas Familiares, os empresários começam por afirmar que os últimos quatro anos foram penosos mas que foram estabelecidas bases para “um crescimento económico fundado não sobre o investimento público mas sim sobre a iniciativa e ações do setor privado”.

E quando o país regista um crescimento “a recuperação não pode ser posta em causa pela incerteza que Portugal atravessa e que, caso se mantenha, vai levar a orçamentos defensivos, adiamento de projetos de investimento e suspensão da contratação”, acrescenta o documento.

Peter Villax, primeiro subscritor do “Manifesto dos 100 empresários” e presidente da associação, explicou à Lusa que essa incerteza está a levar os empresários a adotar uma “postura extraordinariamente defensiva em relação aos seus orçamentos para 2016, aos seus planos de investimento e aos seus planos de contratação”.

“Temos agora um Governo que está a dias de ser rejeitado e não sabemos qual o novo Governo, que o vai substituir, e quais as suas políticas. O PS, o PCP e o Bloco de Esquerda já há quatro semanas que estão a discutir e não há meio de nos dizerem quais vão ser as políticas do próximo Governo”, disse.

Isso é muito preocupante para nós”, acrescentou.

O empresário afirmou-se ainda preocupado por PCP e Bloco de Esquerda serem “estatutariamente contra a iniciativa privada”, pelo que duvida que com os dois partidos no Governo, ou num acordo parlamentar, “se consiga fazer uma recuperação económica do país”.

No manifesto, no qual não se faz qualquer referência a partidos, os empresários dizem que manter a confiança é o seu principal objetivo, porque sem ela a recuperação do país estará “posta em causa” e o desemprego “aumentará de novo”.

Depois, acrescenta-se no documento, um sentimento negativo em relação a Portugal “é uma ameaça ao crescimento da economia, do emprego e da estabilidade fiscal”.

/Lusa

5 Comments

  1. Está aí reunida a dita “nata” empresarial de Portugal; pena é que sejam na maioria empresários “da treta” que sempre viveram á sombra do Estado (apesar das atoardas que lançam sobre o mesmo), e de subsidios, praticaram sempre os baixos salários e longos horários de trabalho, sempre na mira de manter o país na linha da mão de obra barata e pouco qualificada, acumulando riqueza apenas para proveito próprio. Muitos deles pagam sem vergonha os seus impostos fora de Portugal, e até disseram uma vez que um aumento de 5 euros no salário minimo era um exagero e ia destruir muitas empresas em Portugal.
    È também por (muita) culpa deles que o país está na situação que todos sabemos.

  2. O Amigo CHE disse tudo, eu tenho muita pena que chamem empresários a certas pessoas que só serviram para empobrecer cada vez mais o Pais, eu até me atreveria a chamar estes empresários de outros nomes mas pronto.
    Vejam os salários praticados em grandes superfícies que ainda por cima são sempre na maioria das vezes com subsídios do estado pois se vão buscar ao fundo de desemprego ou mais grave sendo primeiro emprego tem direitos a subsídios do estado que praticamente pagam os ordenados.
    Mas não os culpo a eles culpo sim o nosso estado e culpo mais ainda o nosso povo ,pois em vez de fazerem sobreviver o pequeno comercio nos seus bairros vão todos encher o cú a estes gulosos e depois vem falar mal deles, a povo que não abre os olhos.

  3. E sim era bom que de uma vez o nosso estado deixasse de subsidiar grandes superfícies e multinacionais para empregar esse dinheiro em pequenas empresas portuguesas que querem crescer e dar emprego pois estes milionários das grandes superfícies já pouco fazem pelo Pais a não ser chupar dinheiro a segurança social.

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