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Cem anos do Armistício. Marcelo elogia Forças Armadas

Miguel A. Lopes / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (E), acompanhado pelo Presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues (C) e pelo primeiro-ministro António Costa (D).

O centenário do Armistício da Grande Guerra foi assinalado este domingo com o maior desfile militar desde há 100 anos na Avenida da Liberdade, em Lisboa, uma iniciativa que visou a “preservação da memória” e homenagear a paz.

O desfile, organizado pela Liga dos Combatentes e pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), é a maior “desde há cem anos”. Em conferência de imprensa, o porta-voz do EMGFA, comandante Coelho Dias, admitiu que o propósito era “homenagear a paz” e “honrar a memória” dos cem mil portugueses que combateram na I Guerra Mundial (1914/1918) e os 7.500 que morreram no conflito.

“Honrar a memória”, prestar “a devida homenagem e estimular o orgulho nacional” é também “um ato de cidadania”, disse o porta-voz do EMGFA, chefiado pelo almirante António Silva Ribeiro.

Marcelo Rebelo de Sousa marcou presença e discursou na cerimónia. O Comandante Supremo das Forças Armadas depositou ainda uma coroa de flores junto ao monumento de homenagem aos militares durante o momento que lembrou os mais de 7 mil portugueses que morreram no conflito.

Dirigindo-se às Forças Armadas e às Forças de Segurança, Marcelo recordou os “111 mil que se bateram por terra, pelo mar e pelo ar e todos quantos puderam, há um século, celebrar o dia da vitória da paz”.

Esses heróis lutaram pela compreensão contra o ódio, pela liberdade, contra a opressão, pela justiça, contra a iniquidade, pela Europa aberta contra a Europa fechada, o mundo solidário contra o mundo dos egoísmos, das xenofobias, das exclusões. Não toleraremos que se repita a sangrenta divisão da Europa”, disse o Presidente da República.

“Não toleraremos que se repita perder-se a paz, ganha com tantas mortes às mãos de aventureiros criadores de novas guerras, não toleraremos que se repita o uso das Forças Armadas ao serviço de interesses, pessoas, grupos ou de jogos de poder, enquanto soldados se batiam pela Pátria e pela Humanidade”, acrescentou.

Segundo o Observador, Marcelo recordou também várias histórias de militares portugueses, e acabou por inclui-las de uma forma geral “na pessoa do soldado Milhões”.

“Hoje mais do que nunca queremos afirmar os valores que nos identificam como Nação e na relação fraterna com nações aliadas e amigas aqui representadas: o primeiro dos quais é a dignidade da pessoa humana”, afirmou o Presidente.

Por último, Marcelo deixou cair alguns elogios às Forças Armadas, mas também um aviso: “Hoje mais do que nunca queremos celebrar as nossas Forças Armadas. Sem vós, não há liberdade nem segurança nem democracia nem paz que possam vigorar. Quem dentro ou fora de vós isto não entender, não entendeu nada do passado, do presente nem do futuro de Portugal”, afirmou.

ZAP // Lusa

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