Enid M. Salgado / EPA

Donald Trump (79) e o Exército dos EUA (250) fazem anos no mesmo dia; e o presidente norte-americano organizou a festa dos seus sonhos. Só que a adesão foi fraca e a “cereja no topo do bolo” vinha com veneno.
A festa de aniversário de Donald Trump, este ano, foi diferente. Custou 45 milhões de dólares ao EUA, e serviu para organizar uma festa conjunta com o Exército, que cumpre 250 anos (mais 171 do que o Presidente norte-americano).
Foi o primeiro grande desfile militar em Washington desde uma parada que marcou o fim da Guerra do Golfo, em 1999. Aliás, tradicionalmente, os desfiles militares nos Estados Unidos são apenas feitos para assinalar o fim de uma guerra e dar as boas-vindas aos que lutaram.
Como descreve o Washington Post, essa festa conjunta foi “o desfile militar dos seus sonhos”.
“Todos os outros países celebram as suas vitórias. Já era tempo de os Estados Unidos também celebrarem”, disse Trump, no final do desfile.
Só não correu como esperado
Os “convidados” não pareceram muito entusiasmados e outros não apareceram de todo… A afluência ao grande desfile militar, que percorreu o centro de Washington, ficou muito aquém das expectativas de Donald Trump.
Estimativas dos Serviços Secretos norte-americanos referiam que o evento poderia atrair até 200 mil espetadores à capital norte-americana, para ver tanques, tropas e uma salva de 21 tiros.
Mas a realidade foram grandes espaços entre os espetadores perto do Monumento de Washington, rodeado por quase 30 quilómetros de vedações de alta segurança, num dia de tempo húmido e com ameaça de tempestades.
Cereja (envenenada) no topo do bolo
Mas, para estragar ainda mais a festa do Presidente norte-americano, houve uma cereja envenenada no topo do bolo: o “No Kings”.
Mais do que os aniversários de Trump e do Exército, o dia de ontem ficou marcado por protestos anti-Trump do “Dia Sem Rei” [No Kings, em inglês] por todo o país, que reuniram cinco milhões de pessoas.
Video shows massive crowd in Downtown Los Angeles protesting against Trump.
The ‘No Kings’ protests mark the largest nationwide anti-Trump demonstration since his return to office. pic.twitter.com/evqBcLH4nQ
— Pop Crave (@PopCrave) June 15, 2025
O propósito das milhares manifestações em quase todos os Estados do país foi, a luta contra o “tiques autoritários” do atual Presidente.
“Não há Reis nem ditadores na América” – foi o lema dos protestos.
Os protestantes associaram “paradas militares aos ditadores” e, de forma insistente, atribuíram esse título a Trump.
A “festa” dos seus sonhos
Só Trump sempre se demonstrou fascinado por este tipo de eventos.
Sabe o HuffPost que, antes do seu primeiro mandato, Trump tentou arranjar tanques e outro tipo equipamento militar para o seu desfile inaugural, “ao estilo da Praça Vermelha”, na Coreia do Norte.
No entanto, o Pentágono conseguiu impedir a ideia, invocando a ótica autoritária, bem como os danos prováveis nas ruas de Washington, D.C. provocados por tanques que pesam 75 toneladas e se deslocam sobre pisos de aço.
Tentou novamente dois anos depois de entrar em funções, para as celebrações do 4 de julho, mas terá desistido da ideia.
Segundo o mesmo jornal, o vice-presidente do Estado-Maior Conjunto na altura terá dito a Trump que uma parada militar era “o que os ditadores fazem”. Mas foram as estimativas de custos de dezenas de milhões de dólares foi o que terá persuadido Trump a desistir da ideia.
Mas, desta vez, o Presidente não recuou no seu desejo e realizou a parada militar.
Welp, the verdict is in…
Trump’s parade is a $40 million taxpayer-funded flop. A waste. A total dud, and he’s not looking happy about it. Actually, no one is.
A fascist cosplay gone wrong. pic.twitter.com/saVlF2zWJH
— Christopher Webb (@cwebbonline) June 15, 2025
Quase sete mil soldados e 128 tanques do exército participaram no desfile, que foi adicionado há apenas dois meses à comemoração há muito planeada do 250.º aniversário das forças armadas norte-americanas, a 14 de junho.
O custo da parada, estimado em cerca de 45 milhões de dólares (39,4 milhões de euros), também recebeu críticas.
Esse valor inclui o custo de reparação das ruas de Washington após a passagem de tanques de várias toneladas, que deverá rondar 16 milhões de dólares (14 milhões de euros).
O desfile mobilizou também cerca de 50 aeronaves militares, o que implicou restrições temporárias de tráfego em pontos da capital dos Estados Unidos e afetou partidas e chegadas no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington.
Desde que anunciou a realização da parada, Donald Trump tem sido acusado de agir como os líderes autoritários com os quais o Presidente afirma ter afinidade, como Vladimir Putin, da Rússia, Xi Jinping, da China, e Kim Jong-un, da Coreia do Norte.
O desfile durou aproximadamente uma hora e meia e foi dividido em eras: Guerra da Independência, Guerra Civil, Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra da Coreia, Guerra do Vietname, Guerra do Golfo, Guerra Global contra o Terror, o Exército moderno e o futuro.
Miguel Esteves, ZAP // Lusa
A extrema esquerda e os antifa, estão desesperados, o Irão vai deixar de os sustentar!!!!
Já não é a Rússia que sustenta a extrema esquerda?
Qualquer coisa serve para esconder o fim da lua de mel e passagem à lua de fel!!!
A Russia apenas patrocinando defunto PC.
O Irão patrocina os radicais, para criar destabilização nos países ocidentais e colher informação.
Sei que é muita informação para o típico eleitor do Bloco de Esterco, mas informem-se fora do partido e do Facebook.
O bom é mau e o mau é bom? Temos o mundo virado ao contrário? Queimam bandeiras americanas nos EUA e mostram as mexicanas? Isso é o que mesmo? Anos de fronteiras abertas… Precisamos de imigrantes honestos e trabalhadores, mas entrar qualquer um sem rei nem roque, dá asneira!
Eles tem as fronteiras abertas porque significa mão de obra barata e ordenados controlados.
Trump o que gostava ser igual ao Putin…. vergonhoso