O presidente do CDS-PP indicou hoje que não tem garantia por parte do Governo de que as propostas que apresentou serão acolhidas no orçamento suplementar e salientou que “não foi celebrado nenhum tipo de compromisso”.
Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas no final de uma audiência com o primeiro-ministro e membros do Governo, que decorreu na residência oficial de São Bento, em Lisboa.
Em cima da mesa estava a proposta de programa de estabilização económica e social para atender aos efeitos da crise decorrente da pandemia de covid-19, que serão refletidas no orçamento suplementar que o Governo disse que ia entregar em junho.
A TSF noticia que Francisco Rodrigues dos Santos fez questão de sublinhar que as duas prioridades do partido são: incentivos fiscais e não aumento de impostos. As propostas do CDS passam pelo alargamento do lay-off simplificado até ao final do ano, o alargamento das linhas de crédito ou a criação de um mecanismo de acerto contas entre contribuintes e Estado.
“Eu não tive garantias de que nenhuma destas propostas apresentadas pelo CDS viria a ser implementada mais adiante, portanto, aguardamos pelas declarações do senhor primeiro-ministro acerca desta matéria”, salientou Francisco Rodrigues dos Santos, ressalvando que em algumas áreas, “esse não será o caminho seguido pelo Governo”.
De acordo com o presidente do CDS, “não foi celebrado nenhum tipo de compromisso”. Por isso, o partido quer esperar para conhecer a proposta que o Governo vai apresentar à Assembleia da República, antes de tomar uma decisão sobre como irá votá-lo.
“Estamos na expectativa para perceber em que termos é que será feito o orçamento retificativo e, como compreenderão, um partido institucional e responsável como o CDS não se pronuncia se aprovará ou não aprovará um orçamento retificativo antes de o conhecer”, vincou o líder democrata-cristão.
O líder do CDS foi ainda convidado numa transmissão em direto na página de Instagram “Gato Político”, na qual foi desafiado a fazer um apelo ao voto dos concorrentes do reality show “Big Brother”. As condições eram usar as palavras: decúbito, feudalismo, Olivença; e usar expressões de calão.
Francisco Rodrigues dos Santos acabou por utilizar termos como “manos do ginásio”, “todos bombadões” e “damas”.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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