Líder do CDS quer julgar deputado do PS por graffiti no Padrão dos Descobrimentos (e vai ser processado)

António Cotrim / Lusa

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, acusou várias personalidades da autoria moral do acto de vandalismo contra o Padrão dos Descobrimentos e outros monumentos. O deputado do PS Ascenso Simões foi visado directamente nessa acusação e, agora, vai processar o líder centrista.

Ascenso Simões afirmou que vai pedir uma indemnização de 5.000 euros e que, caso ganhe a acção, o dinheiro será entregue à Associação dos Deficientes das Forças Armadas.

“O debate político sobre o nosso passado deve ser feito com elevação e conhecimento histórico. E não pode ser confundido com modas e com disrupção histórica. Falta a Francisco Rodrigues dos Santos cultura e abertura de espírito para ser presidente de um partido fundador da nossa democracia”, afirma Ascenso Simões citado pela agência Lusa.

No sábado, o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, acusou várias personalidades da esquerda da autoria moral dos crimes contra o património que têm ocorrido em Portugal, apelidando-os de “ignorantes radicais” e pedindo que sejam julgados.

No discurso da rentrée política, em Mirandela, Trás-os-Montes, o líder centrista disse que é tempo de julgar os “autores morais deste tipo de atitudes, que estão sentados nos seus gabinetes, nos seus partidos políticos”.

Depois, Rodrigues dos Santos concretizou e deu três exemplos, a começar por Ascenso Simões que, segundo o líder do CDS, “tem incitado à destruição do Padrão dos Descobrimentos”.

Rodrigues dos Santos falou ainda de Mamadou Ba, notando que é “pago com dinheiro público em comissões de combate ao racismo quando é dos maiores racistas que temos no nosso país, que diz inclusivamente, metaforicamente falando, que é tempo de matarmos o homem branco”.

Finalmente, o líder do CDS falou de Joacine Katar Moreira, referindo que “está sentada no Parlamento” e “lidera estes movimentos anti-Portugal”. A deputa esteve envolvida numa polémica, recentemente, por ter partilhado, nas redes sociais, uma imagem que mostra o Padrão dos Descobrimentos a descolar de Belém.

Em Fevereiro, após a aprovação de um voto de pesar pela morte do tenente-coronel Marcelino da Mata, Ascenso Simões foi um dos três deputados do PS que votaram contra, contrariando o voto maioritário da sua bancada.

Num artigo publicado no Público, o parlamentar do PS defendeu que “o país esquece rápido o seu passado” e que o Padrão dos Descobrimentos “devia ter sido destruído” – simbolicamente falando, explicou mais tarde perante a polémica que se instalou.

ZAP // Lusa

 

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