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“Berardo é um caso de polícia.” Comendas devem ser retiradas (e as de Sócrates também)

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PSD / Flickr

Luis Marques Mendes

O comentador político disse este domingo à noite, na SIC, que tanto Joe Berardo como os bancos devem ser responsabilizados. Além disso, Luís Marques Mendes afirmou que se retirarem as condecorações ao empresário, deveriam fazer o mesmo a José Sócrates.

No seu comentário semanal no Jornal da Noite da SIC, Luís Marques Mendes defendeu que devem ser retiradas as condecorações atribuídas ao empresário Joe Berardo. Sobre o mesmo tema, o comentador político referiu o nome de José Sócrates, afirmando que, tal como a Berardo, deve ser aberto um processo disciplinar ao ex-primeiro-ministro, no caso das comendas.

Sócrates foi agraciado no dia 21 de abril de 2015 com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e, apesar de “não ter sido julgado nem condenado”, a sua conduta “foi inadmissível no plano ético e mancha a imagem de Portugal“, referiu Marques Mendes.

Embora não seja a favor de decisões personalizadas, preferindo sempre critérios universais, Marques Mendes referiu que, no caso das condecorações de Berardo, “este é um caso especial, pela arrogância e má educação” do empresário. “É um caso de polícia.”

O caso Berardo deve levar o Conselho das Ordens Nacionais a analisar outros casos, como de Zeinal Bava ou Hélder Bataglia, ambos envolvidos na Operação Marquês. Foi por este motivo que o comentador referiu o nome de José Sócrates, defendendo que o caso do antigo primeiro-ministro deveria ser igualmente analisado.

Joe Berardo “não foi acusado nem é arguido em nenhum processo e deve perder as condecorações”, disse, fazendo o paralelismo com José Sócrates.

Eleições Europeias

Durante o seu habitual comentário político, houve ainda tempo para discutir o estado da campanha às eleições europeias. Neste segmento, Marques Mendes chegou até a fazer futurologia: “Vamos ter uma grande abstenção“, afirmou, adiantando que “só nos últimos cinco anos esteve sempre acima dos 60%”.

“Acho é que as pessoas não atribuem grande importância ao Parlamento Europeu”, afirmou o ex-líder do PSD, considerando que as campanhas que estão a decorrer se caracterizam por serem sui generis e centradas em António Costa. “Parece que só se fala de António Costa. Costa fala do PS e os opositores só falam de Costa.”

Quando aos resultados, Luís Marques Mendes arriscou dizer que “a Europa vai ter uma grande subida da extrema-direita nestas eleições”, mas o mesmo “não vai acontecer em Portugal”.

Como pior da semana, Marques Mendes elegeu André Ventura, o candidato da coligação Basta às eleições europeias deste ano. “Trocou o futebol pela política num momento em que está a começar a vida política. Não podia ter começado de pior maneira”, disse, lembrando o dia em que Ventura trocou um debate com candidatos ao Parlamento Europeu por um programa de comentário desportivo.

Do outro lado da balança, como melhor da semana, Marques Mendes escolheu o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, por ter “desbloqueado uma greve” do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas e e de ter ajudado “a mediar negociações”.

ZAP //

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3 Comments

  1. Concordo em termos gerais com tudo o que se tem dito sobre Berardo mas admira-me que tanto se fale nele sem se responsabilizarem fundamentalmente os responsáveis pelos empréstimos concedidos…
    No fundo ele vigarizou os Bancos e indirectamente todos os portugueses que estão a pagar esses créditos mal parados, mas alguém autorizou sem garantias esses empréstimos. Esses não são efectivamente responsabilizados porquê? Por serem gente importante politicamente?
    Já agora pergunto porque se fala tanto do vigarista Berardo e ninguém fala de Luis Filipe Vieira??? É que este deve quase tanto como Berardo mas parece que os “amigos” importantes querem passar ao lado desta dívida de mais de seiscentos milhões de euros. É por ser presidente do “querido clube” dos políticos actuais?
    Este País está a ficar uma pocilga onde chafurdam uma data de porcos que temos que continuar a alimentar. É lamentável o ponto a que isto tudo chegou!

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