A Casa do Beco dos Redemoinhos, Património Mundial da UNESCO, será um T1 em open space integrada no programa municipal de arrendamento acessível. Obra deve estar concluída num ano.
Quem passeia perto da entrada do tabuleiro superior da ponte Luiz I, do lado do Porto, perto da Sé, não só vê uma grande quantidade de turistas como repara numa fachada em construção.
O aparato é obra da Câmara Municipal do Porto, que está a reabilitar a casa mais antiga da cidade Invicta, datada do século XIV e considerada uma das artérias históricas do coração medieval da capital do Norte.
Com o número 14 da Rua D. Hugo, o edifício, também conhecido como Casa do Beco dos Redemoinhos ou Casa dos Alão de Morais, está a ser transformado numa habitação de tipologia T1 e em espaços para serviços, num investimento superior a 363 mil euros, avança o Diário de Notícias esta segunda-feira.
A iniciativa integra o programa municipal de arrendamento acessível, com a conclusão das obras prevista para o próximo ano.
Adquirido pela autarquia em 2019 através do direito de preferência, o imóvel tem três pisos e encontra-se classificado como Património Mundial da UNESCO.
A futura habitação será concebida em open space, de forma a promover a iluminação e ventilação naturais, e otimizar o uso do espaço. O objetivo é preservar a identidade arquitetónica do edifício, garantindo a reversibilidade das intervenções realizadas.
Localizada numa rua com múltiplas designações ao longo dos séculos, como Rua dos Cónegos e Rua da Catedral, a casa encontra-se rodeada também por património histórico.
Entre os edifícios vizinhos destacam-se o Museu do Porto Arqueossítio, que documenta a ocupação humana ao longo dos tempos, a Casa-Museu Guerra Junqueiro e a Capela de Nossa Senhora das Verdades.
Vestígios de épocas moderna e contemporânea
Antes do início das obras, foram realizadas sondagens arqueológicas, que revelaram vestígios de épocas moderna e contemporânea, mas sem achados de grande relevância histórica.
“Registou-se um nível de aterro / nivelamento, com inclusões de cerâmica de cronologia contemporânea, que cobria uma calçada em pedra miúda de granito”, calçada que se encontrava “destruída na área nascente da sondagem pela construção do muro em granito que delimita o piso intermédio”, segundo informação da empresa municipal Porto Vivo.
Apesar de tudo, a reabilitação está a ser conduzida com especial cuidado, sobretudo devido à necessidade de desmontar parcialmente a fachada primitiva, corrigindo deformações, sem comprometer a sua integridade histórica.
“A requalificação terá uma dificuldade acrescida, que se prende com o desmonte parcial da fachada primitiva datada da primeira metade do séc. XIV (fachada orientada para o Beco dos Redemoinhos), para correção da sua deformação”, diz ainda o Porto Vivo.
O objetivo é utilizar “materiais e técnicas tradicionais de forma a garantir a preservação da identidade do edifício, visando a reversibilidade e a compatibilidade das soluções a adotar”.
Foi onde pernoitava o Rei D. Pedro IV, quando em guerra contra seu irmão?
Inacreditável! Transformar uma casa medieval em «T1 em open space integrada no programa municipal de arrendamento acessível. » — Esse Moreira e seu acólito Baganha era mandá-los da Arrábida abaixo com uma âncora atada aos pés.