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Carlos Santos Silva diz que mãe de Sócrates financiou campanhas eleitorais

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Rodrigo Antunes / Lusa

Carlos Santos Silva à chegada para a sua audição no Tribunal Central de Instrução Criminal

No primeiro dia de depoimento no âmbito da fase de instrução da Operação Marquês, Carlos Santos Silva – empresário e amigo de José Sócrates afirmou que os 23 milhões de euros que estavam na Suíça eram seus, revelou que guardava dinheiro num cofre e que a mãe de Sócrates terá financiado campanhas eleitorais.

Segundo apurou o Público, neste primeiro depoimento, que decorreu na quarta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), Carlos Santos Silva deu a entender que a mãe de José Sócrates tinha afinal fortuna, algo que o antigo primeiro-ministro já dissera no seu interrogatório.

Contudo, tanto as declarações do empresário como as do antigo primeiro-ministro contradizem o conteúdo de algumas escutas. Nestas, a mãe de José Sócrates pediu várias vezes dinheiro ao filho, dizendo-lhe que estava “depenadinha”.

Carlos Santos Silva terá afirmado que começou a ajudar o amigo no verão de 2013, ao contrário do que disse quando foi interrogado, pela primeira vez, em 2014. Quando foi detido, afirmou que o tinha começado a ajudar em 2012.

O empresário terá ainda explicado, como apurou o Público, que o dinheiro que guardava no cofre era proveniente do seu trabalho. Disse que sempre que recebia por contratos de obras uma parte era colocada no cofre. Segundo o próprio, foi daí que tirou dinheiro para investir no negócio das salinas, em Angola, e que pagou em numerário.

Carlos Santos Silva está acusado de corrupção passiva e activa, 17 crimes de branqueamento de capitais, 10 crimes de falsificação de documentos, fraude fiscal e três crimes de fraude fiscal qualificada.

Na acusação, o Ministério Público defende que o empresário serviu como testa-de-ferro de José Sócrates, disponibilizando “sociedades por si detidas” para receber essas quantias. Parte dessas provinham do Grupo Lena. O empresário negou esse envolvimento.

A defesa de Carlos Santos Silva alega que a acusação do Ministério Público se muniu de prova ferida de nulidade para o acusar, porque considera, de acordo com o Requerimento de Abertura de Instrução, que a quebra do sigilo bancário, as escutas – extraídas do processo Monte Branco e autorizadas no Processo Marquês -, a localização do telemóvel, o varrimento eletrónico e a recolha de imagem são ilegais.

ZAP //

6 Comments

  1. Toda esta gentalha está comprometida e PRESA pelo JS e tem MEDO de falar. Era o cumulo dos cúmulos se estes gajos não forem PRESOS e PAGAR o que ANDARAM a ROUBAR aos contribuintes.

  2. crime compensa em Portugal… mesmo com leis apertas europeias… ai nao chega nada… caso para se dizer o que fazem os partifos e politicos na Assembleia do Povo hoo nao queria diazer Assembleia da Republuca.

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