Forças ucranianas aproveitam ataque do Grupo Wagner para atacar perto de Bakhmut. Podoliak deixa aviso sobre o que está a acontecer na Rússia.
A “marcha pela justiça” na Rússia, encabeçada pelo Grupo Wagner, já está a ter uma consequência na guerra na Ucrânia.
Neste sábado o Ministério da Defesa da Rússia admitiu que as forças ucranianas se preparavam para atacar perto da cidade de Bakhmut, “aproveitando” o caos provocado pelo apelo à rebelião emitido por Yevgeny Prigozhin.
Enquanto duas colunas militares com mercenários se dirigiam para a Rússia (o Grupo Wagner assegura que já controla Rostov e outra vai para a capital Moscovo), já há uma consequência tangível no conflito com a Ucrânia.
Durante a madrugada, as operações ucranianas intensificaram-se mesmo em Bakhmut, cidade-chave neste conflito.
O jornal El Mundo acrescenta que os militares ucranianos também começaram e entrar em zonas do Oeste do Donbass. Penetraram em “algumas ruas” e conseguiram capturar russos.
Além de Rostov, também Voronezh já será controlada pelo Grupo Wagner, pelo menos parcialmente. A BBC avança que bases militares importantes estarão a ser controladas pelo grupo.
Em Moscovo foram accionadas “actividades anti-terroristas”, anunciou o presidente da Câmara Municipal da capital da Rússia.
A Ucrânia acaba por ser ajudada pelo Grupo Wagner que, entre outros ataques, já derrubou três helicópteros da Força Aérea da Rússia.
Haverá esperança entre a população ucraniana, que acredita que esta “marcha” – que Prigozhin assegura que não é um golpe militar e que Putin garante que não vai originar guerra civil – é uma boa oportunidade para o regime de Vladimir Putin cair e a guerra acabar em breve.
A Rússia terá em breve o apoio da Chechénia: o líder Ramzan Kadyrov anunciou que militares chechenos estão já a caminho das zonas de tensão.
“A guerra não é um momento para divisões e queixas pessoais. Apoio de forma total cada uma das palavras de Vladimir Putin”, afirmou Ramzan, citado na Sky News, reagindo ao discurso do presidente da Rússia.
E finaliza com uma ameaça: “A rebelião deve ser esmagada e, se isso exigir medidas duras, estaremos prontos”.
Esta é a maior incursão na Rússia nas últimas décadas. Desde o conflito com os chechenos, em 1999, que não se verificava este clima em Moscovo.
Zelenskyy
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, reagiu à tomada da cidade de Rostov pelo grupo paramilitar Wagner como um exemplo da autodestruição da Rússia, resultante da sua decisão de invadir o território ucraniano.
“Quem escolhe o caminho do mal destrói-se a si próprio“, afirmou Zelenskyy na sua conta do Twitter, na sua primeira declaração após o sucedido.
“Há muito que a Rússia utiliza a propaganda para mascarar a fraqueza e a estupidez do seu Governo”, disse.
“Tudo está a começar”
Um assessor do Presidente ucraniano declarou que a crise causada pela rebelião do grupo paramilitar Wagner na Rússia está apenas a começar.
“Tudo está apenas a começar na Rússia”, afirmou Mykhailo Podoliak, assessor de Volodymyr Zelenskyy.
“A divisão entre as elites é muito óbvia. Chegar a um acordo e fingir que está tudo resolvido não vai funcionar”, acrescentou Podoliak.
Reacções ocidentais
O Conselho Europeu, de acordo com o seu líder Charles Michel, está a acompanhar “de perto” um “problema interno” na Rússia.
O presidente do Conselho Europeu anunciou que está “em contacto com os líderes europeus e parceiros do G7”.
A NATO está a “monitorizar a situação”.
ZAP // Lusa
Ó Nuno Thomas e Miguel…o que passou-se?! Não me digam que andaram enganados este tempo todo. É que o Prigozhin diz que ainda não viu nenhum nazi na Ucrânia e que as coisas estão a correr mesmo muito mal a Rússia. Nada que nós não soubéssemos mas vocês aparentemente, como comem gelados com a testa, ainda não sabiam.
Os canais de televisão podiam agora convidar os sargentos carecas para fazerem um malabarismo com bolas para os portugueses se rirem ainda mais das suas tristes figuras. Como é possível convidar gente desta que nem consegue perceber o que já todos tinham visto há muito?! É preciso ser muito tapado. É… tem de ser mesmo para o malabarismo com bolas. Não dão para mais nada.