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Como a Fénix, o campo de refugiados de Moria vai renascer das cinzas

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Orestis Panagiotou / EPA

A Comissão Europeia confirmou esta sexta-feira que o campo de refugiados de Moria vai ser reconstruido com condições mais modernas. Portugal vai receber alguns dos desalojados.

O vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas disse, esta sexta-feira, que a União Europeia (UE) vai suportar os custos da reconstrução do campo de refugiados de Moria, onde vários incêndios deflagraram esta quarta-feira naquele que é o maior campo de refugiados na Grécia.

Schinas prometeu infraestruturas mais modernas no futuro e garantiu que a UE vai ter um “papel mais ativo na sua gestão”.

“Já não há mais tempo para a Europa continuar a existir sem uma política migratória comum. Tentámos em 2016 e falhamos porque alguns governos bloquearam um acordo a nível europeu e as consequências dessa decisão para a Europa são agora evidentes em Lesbos”, disse em conferência de imprensa, citado pelo Expresso.

Schinas disse ainda que a integração dos refugiados cabe agora aos vários países da União Europeia. Esta sexta-feira, o Governo português manifestou-se disponível para acolher pessoas.

“Esse esforço traduzir-se-á na aplicação, em articulação com as autoridades gregas, de dois instrumentos já existentes. Trata-se do Acordo Bilateral entre os dois países para recolocação de pessoas refugiadas e requerentes de asilo e da manifestação portuguesa de disponibilidade para acolher um total de 500 menores não acompanhados”, lê-se no comunicado emitido pelo Ministério da Administração Interna e pelo gabinete da Ministra de Estado e da Presidência.

Ao abrigo do Acordo Bilateral já assinado entre Portugal e a Grécia, irá “proceder-se à agilização da já prevista transferência das primeiras 100 pessoas“.

O exército grego começou já na quinta-feira a ajudar na construção de local que possa substituir Moria. Segundo a AFP, os militares foram obrigados a usar helicópteros para contornar o bloqueio da estrada imposto por moradores da ilha de Lesbos que se opõem ao realojamento dos migrantes.

Alguns destes manifestantes são de extrema-direita e, através das redes sociais, jornalistas e organizações não-governamentais têm denunciado atos de violência como destruição de câmaras de filmar e fotográficas, roubo e destruição de material de ajuda. Em alguns casos, chega mesmo à violência física.

ZAP //

2 Comments

  1. Com vários países no norte de África e Médio Oriente ricos em petróleo e que fazem jus a essa riqueza com obras faraónicas pergunto, por qual a razão não recebem eles toda esta gente a grande maioria deles de cultura igual há desses países e onde os refugiados se sentiriam mais integrados certamente; a Europa não pode continuar a ser o refúgio de toda a gente que não se adaptam à nossa cultura nem a respeitam a maior parte das vezes.

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