Cálice que será erguido pelo Papa foi desenhado e fabricado por artista de Santo Tirso

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JMJ Lisboa 2023

Os cálices que serão usados pelo Papa e por várias centenas de padres e bispos são produzidos em Gondomar.

Avelino Leite, um artista português de Santo Tirso, juntou-se à oficina Domingos Guedes, de Gondomar, para criar um dos objetos mais importantes das missas que o Papa irá celebrar na Jornada Mundial da Juventude.

A parceria deu origem a mais de 200 cálices e seis mil píxides que serão utilizados nas cerimónias. Os artefactos, que têm um interior dourado e são banhados a prata, exibem linhas simples.

As peças foram concebidas para serem utilizadas por centenas de padres e bispos durante a missa de abertura e o momento de envio com o Santo Padre, ambos os eventos mais aguardados pelos fiéis nas cerimónias que vão acontecer no próximo mês no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, em Lisboa.

Segundo o Ecclesia, o cálice vai ter, entre as três linhas, uma Cruz em tom de ouro, como o interior do objeto e a sua borda superior; a férula papal (o corresponde ao báculo, que é encimado por uma cruz).

Terá ainda uma vara dourada que atravessa uma forma pentagonal de prata, remetendo para as cinco chagas de Cristo e a cruz é de madeira de ébano, “quase negra”, onde se encontram, formando um resplendor, as três linhas circulares de ouro.

Todo o processo de criação demorou cerca de um ano. Avelino Leite explica ao JN que o design do cálice está “entre o vaso e o cálice tradicional”, acrescentando que as peças precisavam de ser “de fácil leitura e, ao mesmo tempo, fáceis de manusear”.

As curvas que se entrecruzam representam a Santíssima Trindade, enquanto uma borda e uma cruz dourada simbolizam a fé cristã.

Esta não é a primeira vez que Avelino Leite produz peças ligadas à Igreja Católica e o artista admite que esta experiência o ajudou a criar os cálices para a JMJ. Em 2010, foi escolhido para pintar um conjunto de 20 aguarelas que foram oferecidas a Bento XVI durante a sua visita a Portugal.

“É evidente que não é uma peça qualquer. Tem uma finalidade superior e uma visibilidade muito grande. É um orgulho para mim, mas também uma responsabilidade”, confessa o artista sobre os seus cálices.

ZAP //

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