O número de infetados e mortos com o coronavírus Covid-19 tem estado a aumentar na Europa, principalmente em Itália, cenário que deixa a Comissão Europeia preocupada quanto à possibilidade de haver o encerramento de fronteiras nos países da União Europeia (UE).
Segundo avançou o País, citado pelo ECO, dez dias depois da última reunião dos ministros da Saúde em Bruxelas, a propagação do vírus continua, registando-se a quarta morte em Itália. “Estamos a acompanhar de perto a situação em Itália”, disse a Comissária Europeia de Saúde, Stella Kyriakides.
O departamento de Kyriakides afirma que nenhum país tomou ainda medidas para controlar as fronteiras na UE, mas fontes da Comissão Europeia garantem que essa hipótese está a ser ponderada. “Receamos que, nos próximos dias, algum país possa pensar nisso”, disseram essas fontes, referidas pelo jornal espanhol.
No domingo, a Áustria interrompeu momentaneamente ligações ferroviárias com Itália.
De acordo com a agência Lusa, a Comissão Europeia mobilizará de 230 milhões de euros para combater o Covid-19. Face aos desenvolvimentos em Itália, solicitou ao Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (CEPCD) uma reavaliação de risco.
Esta segunda-feira, em conferência de imprensa, Stella Kyriakides e o comissário europeu da Gestão de Crises, Janez Lenarcic, saudaram a resposta “profissional e rápida” das autoridades italianas ao surto no norte país e sublinharam que “os rápidos desenvolvimentos verificados no fim de semana em Itália mostraram o quão rapidamente a situação pode mudar”.
Como tal, a necessidade de os Estados-membros da UE e a comunidade internacional como um todo atuarem de forma coordenada, para prevenir a propagação do novo coronavírus, que continua a ser a “principal prioridade”, frisaram.
Questionados sobre eventuais restrições a deslocações dentro do espaço Schengen de livre circulação de pessoas, e designadamente a possibilidade de reintrodução de controlos fronteiriços, à luz dos desenvolvimentos em Itália, os comissários disseram que essa é uma matéria da responsabilidade dos Estados-membros, que devem seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do CEPCD.
Os comissários europeus apontaram a necessidade de reforçar e melhorar cada vez mais a coordenação entre os Estados-membros, para fazer face a todos os cenários.
“Há 10 dias, pedimos aos Estados-membros que melhorassem as medidas de preparação, o que agora se revela justificado. A epidemia já afetou 29 países. Isto apenas mostra que temos de acelerar a resposta e temos de atuar como uma União. Não deve haver dúvidas de que este é um desafio global e exige cooperação de toda a comunidade internacional, e também coordenação de todos os setores dentro dos próprios países”, sublinhou Lenarcic.
Para ajudar os esforços conjuntos, o comissário responsável pela Gestão de Crises anunciou a mobilização de 232 milhões de euros, “para ajudar a luta global contra o coronavírus”, especificando que, deste montante global, 140 milhões destinam-se a apoiar os esforços de preparação de organizações mundiais de saúde.
Outros 50 milhões servirão para apoiar países parceiros a reforçar a resiliência e preparação, 100 milhões para financiar investigação, desenvolvimento de vacinas e tratamentos, e três milhões para apoiar os esforços dos Estados-membros no fornecimento de equipamento de proteção pessoal à China e repatriamento de cidadãos europeus.
Apontando que a Comissão tem “seguido de muito perto a situação em Itália” e em constante contacto com as autoridades italianas, a comissária europeia da Saúde indicou que, numa ação concertada com estas, vai ser enviada na terça-feira uma missão conjunta da OMS e da CEPCD a Itália.
A Comissão Europeia solicitou também ao Centro de Controlo de Doenças que “atualize a sua avaliação de risco, tendo em conta a evolução do surto em Itália”, referiu, acrescentando que essa reavaliação já está em curso e que o CEPCD “está a rever planos de contingência nos Estados-membros”, para a eventualidade de o surto se intensificar.
“Vamos fazer o máximo para apoiar os Estados-membros. Devemos estar preocupados, mas não podemos ceder ao pânico e, ainda mais importante, à desinformação. Temos de nos manter informados entre nós em tempo real”, frisou.
Detetado na China em dezembro de 2019, o Covid-19 já provocou 2.592 mortos e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial, registando-se atualmente um surto no norte de Itália, na região da Lombardia, que já provocou 185 infetados e quatro mortos.
Coronavírus / Covid-19
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Numa situação de pandemia, como a que estamos a atravessar, já as fronteiras deveriam ter sido fechadas há muito tempo, interromper a circulação de pessoas e mercadorias , bem como instaurado o recolher obrigatório e proibidos todas os eventos em que houvesse a probabilidade de aglomerados de pessoas, é mais que sabido que é a forma de conter uma pandemia com a dimensão que esta está a atingir.
O sucicidio tornou-se uma pandemia com dezenas de milhoes de suicidas e feridos mais as inumeras tentativas. As gripes sao uma pandemia. As mortes e feridos nas estradas aos milhoes sao uma pandemia. As mentiras dos politicos e semelhantes sao uma enorme pandemia ao chenatagearem a gente com pesados impostos. As mortes nos hospitais devido a negligencia, erros medicos, bacterias hospitalares sao uma enorme pandemia.
A pobreza que alastra na UE e uma enorme pandemia.