Bloco perdeu “metade dos funcionários” e conta com o dinheiro dos militantes para “sobreviver”

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João Relvas / Lusa

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

São tempos difíceis para o Bloco de Esquerda depois de ter perdido quase três quartos da bancada parlamentar. A situação financeira é complicada, mas até, em termos de organização interna, as coisas estão difíceis depois de o partido ter perdido “metade dos funcionários”.

Este quadro complexo é traçado ao Expresso pelo ex-deputado do Bloco de Esquerda (BE), Jorge Costa que se dedica agora à organização do partido.

Jorge Costa refere ao jornal que o BE ficou sem “metade dos funcionários”, mas congratula-se com o facto de, até agora, ter conseguido “manter a actividade planeada”.

“Conseguimos manter bastantes espaços” abertos, diz ainda depois das notícias dando conta de despedimentos e fecho de distritais.

Contudo, o Bloco precisa de mais militantes para poder sobreviver financeiramente, contando com “as quotas e o financiamento dos aderentes para compensar o rombo financeiro”, como assume Jorge Costa ao Expresso.

Assim, o objectivo do partido passa por aumentar a “afinidade militante”, apostando em temas como o clima e as questões de género que nunca foram o principal forte do PS, frisa ainda o ex-deputado.

Nesse sentido, o partido está a promover, até ao final do ano, o “Roteiro pela Justiça Climática” com “um calendário aberto e espalhado pelo país”, como refere Jorge Costa.

Além disso, vai realizar um Encontro Nacional LGBTQI+ em Janeiro.

O foco do Bloco vai também estar no eleitorado feminino, insistindo em temas como a violência doméstica, o feminicídio e a discriminação que já têm feito parte da sua agenda política.

ZAP //

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13 Comments

    • até que enfim que o movimento “get woke, go broke” chegou a portugal.
      eles que continuem a apostar em grandes e nobres causas como o direito trans das crianças, ou a “reconversão e modernização” de monumentos históricos “ofensivos”, e de tiro no pé em tiro no pé, qualquer dia ficam sem pernas……

  1. Coisa importante, LGBTQI+. É isso que complica a vida da população portuguesa. Mas até é bom que se entretenha com essas minudências. Pode ser que acabe de vez, não faz cá falta nenhuma.

  2. Penso que deverá ter o apoio Obvio dos Funcionários Públicos, das Ordens e Sindicatos dos médicos e Enfermeiros, assim como das Classes Empresariais, devia estar a contar com os acumulados das reformas que por causa deles esteve congelada mais de meio ano, mas os reformados abriram os olhos e fazem-lhes o manguito.

  3. A obsessão excessiva por minorias pouco atraentes e o veto ao orçamento do PS na anterior legislatura estão a fazer regressar o BE ás suas dimensões iniciais. Entre ser uma verdadeira alternativa de esquerda e ser um partido folclórico o BE preferiu o último, e agora vai pagar o preço. É pena, porque era preciso um partido a sério à esquerda do PS, mas os dirigentes do BE não estão à altura do desafio.

  4. A ver se entendo, se o BE perdeu metade dos funcionários, reduziu para metade as despesas com pessoal. Como se explica estar a precisar de dinheiro? Devia era ter um superavit nas contas 🙂

    • Aie, descobriste a careca, nao digas mais nada amigo! 🙂 eles com estas coisas vao amealhando… e os burritos dos militantes vao caindo… como não sabem fazer 1+1.

  5. O bloco pode agora aplicar aquilo que defende avidamente para o país: melhores salários. Paguem mais aos trabalhadores e vão ver que arranjam o pessoal necessário. Vamos então ver essa receita milagrosa na prática. Força nisso! Façam aquilo que defendem!

  6. Isto é algum partido? Tem apenas algumas questões, conforme a época. Sem uma estratégia que o caracterize. É um conjunto de pessoas sem qualquer rumo coerente. Fala apenas de uma ou outra questão desfasada e avulsa. Tem os dias contados.

  7. Fez aquilo que batalhou por não se fazer com a COVID…
    O privado não podia despedir trabalhadores mesmo estando praticamente parados.
    O BE mal teve o resultado das eleições começou a despedir pessoal. Só hipocrisia.
    Agora para conseguirem novos militantes mudam as questões políticas a abordar? Onde está a sua ideologia? O seu fio condutor? Enfim gerem os interesses de acordo com as suas necessidades…

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