Da hecatombe política ao desaire financeiro. Bloco prepara despedimentos e fecho de distritais

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Manuel de Almeida / Lusa

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE)

Face aos maus resultados eleitorais e a dificuldades financeiras, o Bloco de Esquerda prepara despedimentos, fecho de sedes e de distritais.

As eleições antecipadas de 30 de janeiro foram trágicas para o Bloco de Esquerda (BE). Os bloquistas somaram 4,46% dos votos, conseguindo, assim, eleger cinco deputados.

Há 20 anos que o partido não conseguia tão pouca representatividade no Parlamento. Em três anos, o partido perdeu 74% dos deputados, passando de 19 para cinco representantes.

O desaire político rapidamente transformou-se num desaire financeiro. O partido desenha agora, segundo o Observador, um plano de redução de custos que inclui o uma onda de despedimentos e o fecho de sedes e agrupamentos de distritais.

Os críticos da tendência interna Convergência criticam um “claro abuso de poder” da direção para evitar que o processo seja transparente.

Numa nota divulgada no seu site, a Convergência argumenta que o plano terá efeitos “radicais” no “aparelho burocrático, comunicação e informação, apoio à organização territorial e funcionamento da representação parlamentar”.

Fonte da Convergência diz ao Observador que as informações deveriam estar a ser partilhadas e decididas de forma ampla e não “com um plano nos mínimos”. Os críticos argumentam que a decisão deveria ser tomada na Mesa Nacional, um órgão mais alargado, em vez do secretariado, um órgão mais restrito.

O Bloco de Esquerda prepara uma “redução brutal de custos” no Parlamento, com um corte de cerca de 60% dos custos. Está prevista uma onda de despedimentos, procurando mais trabalho voluntário dos militantes.

O partido deverá também reorganizar as distritais por agrupamentos. Desta forma, por exemplo, Santarém, Portalegre e Évora passariam a constituir um agrupamento e a partilhar os mesmos funcionários.

Quanto ao fecho de sedes, a decisão sobre quais serão encerradas deverá ser tomada em reuniões com as coordenadoras distritais, detalha o jornal online.

ZAP //

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13 Comments

    • Está bom de ver que estes e estas incompetentes não servem para nada.
      Se as empresas fossem geridas com o que estes artistas sabem, já estavam todas na falência.
      Como é que estes e estas artolas são eleitos ?

  1. O quê?!! O bloco vai despedir para “contratar” voluntários? Não será isso ilegal aos olhos das leis do trabalho? Não será isso exploração?
    Olha para o que digo, não olhes para o que faço!
    Obviamente um acto de desespero para salvar os poucos tachos que restam…. ao menos a outra tem um “emprego colateral” caso contrário ainda a veríamos a assaltar…

  2. Despedimentos ? Mas nas empresas não se pode despedir, o Bloco de Esquerda é tão intransigente nesses aspectos, antes irem à falência do que despedir as pessoas, porque não fazem eles o mesmo. Hipócritas, esquerdalha oportunista e populista.

  3. 2 pelo preço de 1.
    é pá, e porque nao aproveitar o andamento e arrumar também com o PC? é que se nao for para apoiar o bloco central nao servem para mesmo mais nada pois nao?

  4. Despedimentos??? Coitadinhos destes trabalhadores vitimas do patronato.
    Aqui está a prova cabal do que são estes partidos da treta. Só falam dos direitos dos trabalhadores e não percebem uma coisa básica, para haver trabalhadores é preciso haver empresas que criem riqueza para pagar ordenados, e se não protegermos as empresas e só virmos os interesses dos trabalhadores muitas empresas não se conseguem manter e têm de despedir os seus colaboradores. Esta gentalha só tem o discurso que tem porque não tem empresas para gerir, só fala de cor, e se tivessem está aqui o que fariam à primeira dificuldade. DAR UM PONTAPÉ NOS TRABALHADORES PARA SALVAREM A PELE.

  5. Então os imigrantes já não dão votos? Ah pois é! Querem imigrantes a todo o custo e esquecem-se dos portugueses! Estão a ter a sorte que merecem!

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