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Medina leva nega. Bloco, PCP e PAN querem concorrer sozinhos em Lisboa

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websummit / Flickr

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

O anúncio de que Carlos Moedas vai encabeçar a candidatura PSD/CDS à Câmara Municipal de Lisboa uniu a direita, mas não mudou a estratégia da esquerda. O Bloco, o PCP e o PAN querem concorrer sozinhos na capital. A incógnita é o Livre, que ainda não decidiu.

Questionada pelo Expresso, uma fonte do Bloco de Esquerda remeteu a resposta do partido para a moção que a direção vai apresentar na próxima convenção do partido. No texto lê-se que “o Bloco apresenta listas próprias, abertas à participação de candidatos independentes e não realizará coligações nem com a direita nem com o PS”.

O partido liderado por Catarina Martins não deverá casar com o socialista Fernando Medina, atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Recorde-se que o BE governa a capital em conjunto com o PS, o que não deverá ser suficiente para uma coligação pré-eleitoral.

O PCP vai apresentar um candidato próprio, pelo que, do espectro da esquerda, só resta o PAN e o Livre a Medina. Mas o socialista já levou um não.

Para o Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza a estratégia já está definida e não passa por uma coligação pré-eleitoral com o PS. O PAN prefere apostar num candidato próprio. “Para a Assembleia Municipal e Câmara de Lisboa não faz qualquer sentido. Iremos sozinhos a votos. Vamos a jogo por conta e risco”, disse Inês Sousa Real ao semanário.

A incógnita chama-se Livre, o partido que está ainda a avaliar os prós e contras de se aventurar ao lado de Medina na capital. Segundo o Expresso, são vários os críticos que fazem uma avaliação negativa da política de habitação do autarca. O partido admite concorrer sozinho em Lisboa, mas a decisão ainda não está fechada.

O alinhamento à esquerda não pode ser equiparado à geringonça, já que as eleições autárquicas não são como as eleições legislativas: é o partido mais votado que ganha a presidência da Câmara Municipal.

No caso de Lisboa, Fernando Medina não conseguiu a maioria absoluta e precisou de assinar um acordo com o Bloco de Esquerda para garantir a aprovação dos documentos mais relevantes para a governação. O que poderia estar em cima da mesa, este ano, seria uma coligação pré-eleitoral ou um acordo pós-eleitoral.

Liliana Malainho, ZAP //

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9 Comments

  1. acho que fazem bem,,,especialmente o BE…quer repetir o feito de ter entregue a Camara ao Santana Lopes quando recusou acordo com João Soares…teve na altura uma pipa de votos…penso ter eleito zero deputados!
    Declaração de interesses…não voto em Lisboa e nem sequer simpatizo com o Medina

    • Pensava que o BE ía coligado comer o PSD o PAN e o Chega, Afinal não, talvez achassem que desta forma ajudavam melhor o Moedas, sem dar tanto nas vistas.

  2. Ui! Ui!
    Quando as comadres começam a zangar-se…
    Mas o mais divertido é a arrogância do PAN a querer concorrer sozinho. Haja diversão!

  3. Ele poderia era ir pedir apoio à malta da construção civil. Afinal, parece que fez um belo negócio na compra da casa dele e da venda da anterior. Pelo menos é o que se diz nas notícias.

  4. Pensava que o BE ía coligado com o PSD e o Chega, a não ser que tivessem concluído que esta era a melhor forma para ajudar o Moedas.

  5. Se o Medina levou nega dos outros, PCP, Bloco e PAN só fizeram muito bem, A criatura já se sentia a ganhar por maioria absoluta e ser o ‘rei-sol’ de Lisboa!!

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