Bloco apresenta medidas para responder ao “aumento abrupto de preços”

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João Relvas / Lusa

Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, apresentou esta quarta-feira um pacote de “medidas de emergência” de resposta ao aumento do custo de vida, numa altura em que a taxa de inflação se encontra nos 5,3%, o valor mais alto em 28 anos.

Catarina Martins considera que o Governo falha no Programa de Estabilidade “ao não prever qualquer atualização de salários ou pensões que acompanhe o ciclo inflacionista que estamos a viver”.

Além disso, salientou em conferência de imprensa na sede do BE em Lisboa, “erra também ao apresentar um programa – que vamos discutir esta semana – e que nada diz sobre a instabilidade que estamos a viver na Europa e o brutal aumento do custo de vida com quem trabalha se está a deparar”.

Neste sentido, uma das medidas apresentadas pelo partido é o “controlo de preços, com limitação das margem da grande distribuição alimentar e de combustíveis”.

À semelhança da pandemia, “também agora, num momento em que a guerra na Europa cria enorme instabilidade, é necessário o controlo de preços, com limitação das margens da grande distribuição alimentar e de combustíveis e com congelamento das rendas da habitação”.

Para a bloquista, este controlo “deve ser acompanhado de medidas fiscais, como a descida do IVA da eletricidade para a taxa mínima, o fim do adicional do ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos] e a tributação dos lucros extraordinários do setor energético”.

Quanto ao aumento generalizado dos salários, este “deve ser estabelecido por lei para todos”. “O salário mínimo nacional deve ser atualizado imediatamente para os 800 euros. As pensões devem também ter uma atualização intercalar que responda à inflação”, atirou, citada pelo Público.

“A combinação de medidas de controlo de preços e atualização salarial é a forma de proteger o país e quem vive do seu trabalho”, rematou Catarina Martins.

ZAP //

2 Comments

  1. O salário médio dos trabalhadores é que precisa de ser aumentado. O salário mínimo é que tem sido aumentado 5% ou 6% todos os anos. O Estado deveria impor às empresas privadas um aumento salarial correspondente à inflação. Senão o patronato está quieto: continua a ter lucros sem actualizar os salários.

  2. Se o Bloco não tivesse feito a borrada de deitar o governo da “Geringonça” abaixo, agora poderia cantar no poleiro e “obrigar” o governo PS a agir…. assim, fica a falar para o boneco, apesar de meritória sua ação e argumentos.

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