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Bar japonês pulveriza os clientes com desinfetante à entrada

Enquanto as empresas de todo o mundo adotam novas práticas para evitar a propagação do novo coronavírus, um bar japonês está a implementar uma nova abordagem de segurança.

De acordo com a CNN, os visitantes do Kichiri Shinjuku, um tradicional bar de estilo japonês conhecido como “izakaya”, são pulverizados com uma fina névoa de desinfetante antes de serem autorizados a entrar.

“Queremos que os clientes se sintam seguros quando entrarem”, disse a porta-voz Rieko Matsunaga do bar, em declarações à CNN. “Isto é feito para promover o distanciamento social e prevenir infeções”.

Ao chegar ao bar no distrito de Shinjuku, em Tóquio, os clientes são recebidos por uma anfitriã num monitor, que pede que lavem as mãos e meçam a temperatura com um termómetro. De seguida, entram no que parece um scanner de segurança do aeroporto, onde são pulverizados com uma névoa de desinfetante à base de cloro durante 30 segundos.

Depois, os clientes pegam num mapa que mostra onde se sentar e digitalizam um código QR para abrir um menu no telemóvel a partir do qual podem fazer o seu pedido. Os clientes ficam separados por telas de acrílico transparentes.

O pub é de propriedade da Kichiro & Co., que possui 103 localizações no Japão. A empresa instalou a máquina na sua filial de Shinjuku em 14 de maio e um bar Kichiri em Osaka adquiriu a sua própria máquina em 19 de maio.

“Configurámo-la para cumprir as novas diretrizes de estilo de vida”, disse Matsunaga. “Gostaríamos de espalhar essa tecnologia e colaborar com outros restaurantes. Também administramos [outras] lojas japonesas, por isso estamos a pensar em instalar esta tecnologia também”.

Apesar de Matsunaga citar orientações do Ministério da Saúde do Japão na decisão da empresa de usar água com ácido hipocloroso para pulverizar clientes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) defende que pulverizar pessoas com desinfetante é uma péssima ideia.

“A pulverização de desinfetantes pode resultar em riscos para os olhos, irritação respiratória ou na pele e os efeitos resultantes na saúde”, afirma a OMS. “A pulverização ou nebulização de certos produtos químicos, como formaldeído, agentes à base de cloro ou compostos de amónio, não é recomendada devido aos efeitos adversos à saúde dos trabalhadores nas instalações onde esses métodos são utilizados”.

A OMS também citou estudos que mostram que a pulverização de desinfetante numa ampla área é ineficaz na eliminação do coronavírus.

O Japão continua a combater a pandemia e implementou o que chama de “isolamento suave”. Em 6 de maio, o Foverno estendeu o estado de emergência do país até ao final do mês, introduzindo controversas “novas diretrizes de comportamento social”.

Especialistas recomendaram adotar o uso de máscaras e manter dois metros de distância entre as pessoas. Outros conselhos incluem dizer aos clientes do restaurante para se sentarem ao ar livre, lado a lado, mantendo a conversa no mínimo.

ZAP //

 

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