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Bancos querem ficar com a Efacec

Eneias Rodrigues / Lusa

No final de janeiro, Isabel dos Santos anunciou a intenção de vender a Efacec, mas o processo ainda não arrancou formalmente. Apesar disso, já há interessados na corrida.

O ECO avança esta sexta-feira que a assessora do negócio, a StormHarbour, já recebeu “várias manifestações de interesse“, seja no todo, seja em segmentos do negócio, com o fundo Alpac Capital.

Neste momento, estão a decorrer negociações entre os representantes de Isabel dos Santos, a gestão executiva da Efacec liderada por Ângelo Ramalho e os bancos credores. “E, tudo, indica, a solução preferida pelos bancos mais expostos à Efacec, desde logo a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco, é mesmo a tomada de controlo acionista da empresa, através de um veículo financeiro criado para o efeito”, escreve o diário.

No entanto, nem todos os bancos estão disponíveis para entrar neste veículo. Os maiores credores da empresária angolana no financiamento da compra da Efacec são a CGD, o Novo Banco, o EuroBic, o BPI e o BCP, e parte da dívida de aquisição (160 milhões de euros) está garantida.

De acordo com o matutino, bancos como o BCP, que têm empréstimos garantidos, não estão disponíveis para entrar em qualquer veículo ou tomada de controlo acionista da Efacec, porque, se assumirem o controlo acionista, vão assumir novos riscos de exposição de crédito à empresa.

O Governo assume que a solução está para breve. “Parece importante esclarecer e assegurar estabilidade acionista. Esperamos que isso possa ser feito através de agentes privados, de acionistas, dos bancos que financiam a engenheira Isabel dos Santos e aqueles que financiam também a Efacec. Queremos evitar o pior cenário”, disse o ministro da Economia, Siza Vieira, em entrevista ao Público e à Rádio Renascença.

Ainda que não tenha adiantado pormenores sobre a solução para a empresa, Siza Vieira garantiu que “está mais perto do que já esteve”.

ZAP //

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