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“Encontros em Cascais”. Balsemão cria Clube Bilderberg à portuguesa

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PSD / Flickr

Francisco Pinto Balsemão

Francisco Pinto Balsemão, antigo primeiro ministro e fundador do grupo Impresa, vai criar em Portugal um grupo semelhante ao Clube Bilderberg, que vai juntar banqueiros, milionários e empresários.

Depois de ter deixado o conselho director do grupo de Bilderberg em 2015 passando a sua pasta a Durão Barroso, Francisco Pinto Balsemão decidiu agora criar um clube restrito, que terá a sua sessão fundadora ainda este mês.

De Paula Amorim a Vasco de Mello, do presidente do Novo Banco ao da Galp, sem esquecer as líderes das Fundações Gulbenkian e Champalimaud. O grupo de debate vai chamar-se “Encontros em Cascais” e arrancará ainda este mês na presença de 50 pessoas.

A direção vai ser constituída por 11 pessoas, entre as quais Francisco Pinto Balsemão e o filho, além de Paula Amorim, Leonor Beleza, Carlos Carreiras e António Ramalho, de acordo com o Público. A missão vai ser discutir e encontrar soluções para os problemas de Portugal e da Europa.

O grupo vai seguir as mesmas regras que o Clube Bilderberg, uma conferência anual privada que acontece desde 1954 num hotel homónimo na Holanda e que reúne parte da elite política e económica do mundo ocidental. Todos os membros têm de obedecer à Chatham House Rule, uma norma que diz que quem assistir aos encontros pode falar das ideias partilhadas nas reuniões, desde que não desvende quem é que as expressou.

A direção é composta por Francisco Pinto Balsemão e Francisco Pedro Balsemão, da Impresa; Paula Amorim, do Grupo Amorim; Isabel Mota, da Fundação Gulbenkian; Leonor Beleza, da Fundação Champalimaud; o autarca Carlos Carreiras, da Câmara de Cascais; António Lagartixo, da Deloitte Portugal & Angola; Vasco de Mello, do Grupo Mello; Pedro Penalva, da AON; António Ramalho, do Novo Banco; e Carlos Gomes da Silva, da Galp.

Carlos Carreiras é o único político no ativo a integrar a direção dos Encontros em Cascais. Todos os outros são empresários e executivos nas áreas das finanças, social e educação.

Juntos vão funcionar de forma semelhante ao comité diretor de Bilderberg, onde Francisco Pinto Balsemão foi o único português membro permanente e se assumiu como um dos membros mais célebres durante 32 anos. Cada um dos membros pode permanecer na direção do grupo durante um mandato de três anos, que só pode ser renovado uma vez.

O grupo vai convidar ainda quatro pessoas, portuguesas ou não, para assistir às reuniões, mas não será permitida a presença de jornalistas.

ZAP //

3 Comments

  1. …lol…lol… mais uma palermice !!! devia chamar-se “encontros na Q. Marinha”… isto é, mas é um Comité Central do PSD… Direcção sombra do partido do Rui Rio… há! há!! há!!!

  2. Devem achar que pertencem à fila de trás … no tabuleiro do xadrez!
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    Sim, porque na fila da frente alinham os políticos – os fantoches e as marionetas tais como PR’s, PM’s, Ministros, Secretários e todo o elenco menor de deputados e autarcas corruptos.
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    O povo, esse nem existe!
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    O povo é a bicharada ululante que se contorce na plateia e nas bancadas da vida. É a populaça, o gado pró matadouro.
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    Sim, o resto somos nós os idiotas que debitamos umas baboseiras nestes espaços e já nos sentimos muito importantes por termos opinião.
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    Não temos opinião e sequer vale alguma coisa o que vamos balbuciando. Somos apenas os idiotas e os números dum jogo que não é nosso, que não não participamos e sequer compreendemos os seus meandros.
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    Somos apenas um número de consumidor e de contribuinte amestrados por políticos invertebrados e sem escrúpulos, que garantem a prevalência, o sustento e a avidez desses animais capitalistas que se julgam os protagonistas fazedores da história e donos do mundo e da mudança.
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    Qualquer coisa que seja “…à portuguesa…” só poder ser um arremedo medíocre!

  3. Esta gente oculta e manipuladora representa a máxima “o poder é uma coisa importante demais para estar nas mãos dos políticos”, ou seja querem, e conseguem, manipular as escolhas eleitorais populares pelo “amestramento” do poder político que mais não são que os seus representantes. A atual democracia é uma farsa, uma falsidade completa, cá, na UE e em todo o mundo dominado pelo poder financeiro.

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