Luís Marques Mendes defendeu que o ministro da Defesa deve colocar o seu lugar à disposição porque mais tarde ou mais cedo vai acabar por ser chamado à investigação de Tancos, como arguido ou como testemunha.
“Azeredo devia sair ou ser convidado a sair. Pode acontecer que Azeredo Lopes venha a ser, mais semana menos semana, mais mês menos mês, constituído arguido”, defendeu neste domingo o antigo líder do PSD no seu habitual espaço de comentário na SIC.
O conselheiro de Estado considerou que Azeredo Lopes é um “ministro sob suspeita” e, “um ministro sob suspeita é um ministro diminuído na sua autoridade, condicionado no seu poder e altamente fragilizado” – exemplo disso mesmo, notou, foi a sua ausência nas cerimónias militares do 5 de outubro.
“A confirmarem-se os dados vindos a público, o ministro vai ter de ser ouvido. Pode ser como testemunha, mas também pode ser constituído arguido. Se for constituído arguido, tem de sair do Governo”, defendeu o antigo líder do PSD.
Portanto, considerou, “é sempre melhor sair antes, pelo seu pé, com liberdade e dignidade, do que sair mais tarde, empurrado e já sem ponta de dignidade”.
Contudo, frisou, sair não significa assumir culpa no caso. Para Marques Mendes, uma eventual saída significaria “saber colocar o interesse público acima do interesse pessoal., político ou partidário”, rematou.
Centeno não continua num próximo Governo
Fazendo uma leitura à mais recente entrevista de António Costa, o comentador político reiterou uma vez mais que o ministro das Finanças, Mário Centeno, não vai continuar num futuro Governo socialista.
Para Marques Mendes, uma das certezas com que se fica das declarações do primeiro-ministro “é a de que Mário Centeno vai sair e não ficará no próximo Governo”, disse.
Segundo o comentador, Mário Centeno aspira a cargos políticos na Europa e, por isso, poderá assumir dois cargos internacionais: Presidente Fundo Monetário Europeu (organismo que vai ser criado na União Europeia) ou Comissário Europeu, podendo eventualmente assumir a vice-presidência da Comissão.
Face à possibilidade de Centeno sair, Marques Mendes aponta nomes óbvios para o cargo: “Eu acho que será uma de duas pessoas, ou Mourinho Félix ou Vieira da Silva”.
“O primeiro parece a solução óbvia, pois é o principal secretário de Estado de Mário Centeno. O segundo, por uma razão que pouquíssima gente conhece, e que é Vieira da Silva foi a primeira escolha de António Costa para Ministro das Finanças do Governo, quando há três anos formou esta solução do Governo”, apontou o comentador político.
“O Plano A de Costa era Vieira da Silva nas Finanças e Mário Centeno no Trabalho. Depois, houve uma troca. Podemos assistir ao regresso desse Plano A”, revelou o comentador.
Orçamento histórico (e muito popular)
O conselheiro de Estado abordou ainda o próximo Orçamento de Estado (OE), adivinhando um orçamento com “uma marca histórica, um OE com défice zero”, apontou, revelando que esta é a primeira vez que se atinge este valor em democracia.
No entanto, sublinhou, este vai ser também um OE muito popular: “Os pensionistas, os funcionários públicos, os utilizadores de transportes públicos da Grande Lisboa e do Grande Porto vão gostar do OE”, vaticinou Marques Mendes.
“Do ponto de vista político é um bónus eleitoral para o PS. É um dos orçamentos mais eleitoralistas de sempre”, esclarecendo, porém, que este OE “pode não ser sustentável no futuro quando a economia começar a arrefecer”.
Azeredo LAPA Lopes. O apego ao poder como nunca se viu.
Ou o escudo providencial para as suspeitas não chegarem ao Costa.
E novidades?!
Claro que esse tótó deve sair, mas este meio-metro mafioso também já há muito que devia ter saído da televisão!!