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Companhias aéreas convertem aviões de passageiros para transportar carga médica no combate à pandemia

Devido à pandemia de covid-19, houve uma queda acentuada no transporte de passageiros e algumas companhias aéreas estão a alterar as suas frotas para o transporte de medicamentos e material médico.

De acordo com o Expresso, a Emirates SkyCargo começou a utilizar o Airbus A380 – o maior avião de passageiros de sempre, com mais de 500 lugares – para operações de carga especialmente orientadas para o transporte de material médico.

A transportadora dos Emirados Árabes Unidos, que é uma das maiores à escala mundial, anunciou que essas operações surgiram em resposta ao aumento da procura de capacidade de carga aérea no mercado internacional, para transportar mercadorias essenciais, como material médico de apoio ao combate à pandemia da covid-19.

O primeiro voo de carga dedicado operado pela Emirates SkyCargo com o A380 transportou esta semana suprimentos médicos entre Seul, na Coreia do Sul, e Amesterdão, na Holanda.

Mas o anúncio da Emirates SkyCargo é apenas o exemplo mais recente de um avião de passageiros a ser readaptado para o serviço de carga devido à pandemia, segundo adianta o site Airline Geeks.

Além da Emirates, outras companhias aéreas recorreram aos seus aviões de passageiros para transportar mercadorias, principalmente em resposta à pandemia.

Depois de mais de 30 anos sem operar o serviço de carga, a American Airlines começou a usar os seus aviões de passageiros para transportar cargas em março, com a operação de um Boeing 777-300 de Dallas para Frankfurt, na Alemanha.

A United Airlines também tem utilizado aviões de passageiros de fuselagem larga – dois corredores entre as cadeiras -, para serviços de carga, usando os modelos Boeing 777 e 787 Dreamliner.

A transportadora portuguesa Hi Fly também chegou a utilizar o seu A380 para viagens de longo curso no transporte de carga médica entre continentes e, em maio, a TAP readaptou dois dos seus novíssimos Airbus A 330 neo para transporte de carga médica, em pleno confinamento, a partir das cidades chinesas de Pequim e Xiamen.

Vão ser precisos 8 mil aviões para transportar vacina

Por outro lado, o sector da aviação – que enfrenta a pior crise da sua história, com muitas companhias e aeroportos à beira da falência – irá ter um papel crucial quando a vacina anti-covid começar a ser distribuída.

Estimativas da Agência Internacional de Transporte Aéreo apontam para a necessidade de oito mil aviões transportarem a vacina até às 7,8 mil milhões de pessoas.

Aquela entidade garante também que já está a trabalhar com companhias aéreas, aeroportos, organizações internacionais de saúde e empresas farmacêuticas na montagem de um plano para criar uma ponte aérea mundial.

Até ao momento ainda não há nenhuma vacina contra a covid-19 aprovada, mas já existem vacinas – como o caso da Pfizer e, mais recentemente, da Moderna – com uma eficácia superior a 90% nos testes experimentais.

ZAP //

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