Autoridades vão ter “intervenção pedagógica” entre 30 outubro e 3 novembro

Mário Cruz / Lusa

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

As forças de segurança vão ter uma “intervenção pedagógica” entre os dias 30 de outubro e 03 de novembro, em que a circulação entre concelhos estará proibida devido à covid-19, disse esta sexta-feira o ministro da Administração Interna.

“Vai haver fiscalização adequada e necessária, mas vai depender do sentido de responsabilidade dos cidadãos”, afirmou à agência Lusa Eduardo Cabrita, acrescentando que “a intervenção das forças de segurança é fundamentalmente uma intervenção pedagógica, visando garantir a saúde e a segurança dos cidadãos”.

O ministro falava à margem de uma cerimónia da Unidade de Controlo Costeiro, em Peniche, no distrito de Leiria. O governante comparou o dispositivo disponível e a intervenção das forças de segurança ao que ocorreu no período da Páscoa.

“Portugal tem-se caracterizado pela forma exemplar como temos aplicado medidas que são restritivas e que mudaram o nosso modo de estar, mas temo-lo feito no respeito do Estado de direito democrático, isto é, exercendo a autoridade democrática de Estado sem qualquer abuso de autoridade”, justificou o ministro.

A circulação entre concelhos do continente está proibida entre os dias 30 de outubro e 03 de novembro, ou seja, durante o fim de semana correspondente ao Dia de Finados.

Medidas semelhantes às da Páscoa

A decisão foi tomada, na quinta-feira, em Conselho de Ministros e anunciada pela ministra da Presidência, Mariana Viera da Silva. Segundo a ministra, “estão previstas regras semelhantes às da Pascoa”.

Em abril, o primeiro-ministro António Costa anunciou a proibição de circulação entre a quinta-feira santa e o Domingo de Páscoa. Na altura, foram proibidas quaisquer deslocações para fora do concelho de residência habitual, com exceção para quem tinha de se deslocar em trabalho. O Governo decidiu avançar com a limitação de circulação para reduzir o ajuntamento de pessoas num momento de homenagem aos falecidos.

A ministra sublinhou que é, precisamente, entre as famílias que se torna mais difícil observar as novas regras de vida em sociedade, nomeadamente o distanciamento físico.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela AFP.

Em Portugal, morreram 2.245 pessoas dos 109.541 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

ZAP // Lusa

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