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O combate autárquico em Lisboa faz-se com outdoors idênticos. “Continuem a preferir o original à contrafação”

Só há duas diferenças entre os outdoors colocados na Alameda: as palavras “Mais” e “Melhor” Lisboa e os rostos dos candidatos à autarquia. O resto, da paisagem ao lettering, é tudo igual.

O outdoor do candidato Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança) foi colocado esta quinta-feira na Alameda, em Lisboa. No Facebook, o PS Lisboa que reagiu com ironia à alegada cópia da coligação Novos Tempos: “Lisboetas, continuem a preferir o original à contrafação”.

A equipa de Carlos Moedas admitiu ao Expresso que a imitação foi “intencional” e que a ideia era chamar a atenção dos eleitores “curiosamente pela diferença”.

“É um cartaz que vai na linha do próprio posicionamento em Lisboa. A escolha é clara entre Carlos Moedas e Fernando Medina e os lisboetas vão ter que escolher se querem uma mudança para melhor ou mais do mesmo“, justificou fonte oficial da candidatura ao semanário.

Filipe Neto Brandão, deputado do PS, mostrou-se surpreendido com a imagem difundida nos outdoors e criticou a falta de criatividade da campanha de Moedas. “Constato, porém, não sem estupefação, que é verdade e, como bem diz o post do PS Lisboa, não passa de um plágio mal amanhado”, apontou.

O socialista Ascenso Simões também não gostou do cartaz e acusou o candidato da direita de “falta de competência política” e de “juízo”.

Já Diogo Moura, líder da concelhia do CDS de Lisboa e que integra a lista de Moedas, defendeu a ideia e afirmou: “Não é de Mais Lisboa que precisamos, é de Melhor Lisboa”.

No mês passado, uma sondagem do ISCTE/ICS feita para o semanário Expresso e para a SIC revelou que Fernando Medina alcançaria 42% das intenções de voto, o equivalente à percentagem obtida nas eleições de 2017, ou seja, sem maioria absoluta.

Já o candidato do PSD Carlos Moedas chegaria a 31% das intenções de voto, menos 11 pontos percentuais do que o seu rival socialista. Este resultado também corresponde à soma dos votos obtidos pelas candidatas dos dois partidos há quatro anos (Assunção Cristas teve 20,5% e Teresa Leal Coelho 11,2%).

Liliana Malainho, ZAP //

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